Mototaxistas fazem protesto e reivindicam fiscalização de motoristas de aplicativo e irregulares em Teresina

Os mototaxistas ficaram concentrados em frente ao Shopping da Cidade, mas já liberaram o trânsito. Cerca de 80 profissionais marcaram presença na manifestação, conforme o Sindicato dos Mototaxistas. Mototaxistas interditaram um trecho da Avenida Maranhão, no Centro de Teresina, por cerca de 30 minutos, na manhã desta sexta-feira (21), em protesto aos motoristas de aplicativo e mototaxistas irregulares que atuam na capital. A categoria denuncia que os “uber motos”, como são conhecidos, trabalham sem fiscalização adequada.
Os mototaxistas ficaram concentrados em frente ao Shopping da Cidade, mas já liberaram o trânsito. Cerca de 80 profissionais marcaram presença na manifestação, conforme o Sindicato dos Mototaxistas.
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Segundo o presidente do Sindicato dos Mototaxistas, Antônio Moura Fé Neto, a categoria segue uma série de exigências, que não são exigidas dos motoristas por aplicativo e de mototaxistas sem registro oficial.
O mototaxista declarou que a falta de fiscalização prejudica os profissionais que atuam de forma regular e põe em risco a segurança de passageiros.
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“As pessoas utilizam o colete do mototaxista, se apresentam como mototaxistas de forma irregular e operam na cidade, correndo o risco de um acidente e outras coisas. Nossa manifestação foi para mostrar ao poder público nossa insatisfação”, disse.
“O mototaxista é colocado em um ponto de mototáxi, mas do outro lado tem pessoas que não são (mototaxistas) na porta do shopping atrás dos passageiros”, completou o presidente do sindicato.
Antônio Moura destacou ainda que os mototaxistas regulares precisam agora de motocicletas com no máximo 8 anos de uso, o que não é exigido dos profissionais irregulares.
“O mototaxista vai renovar o alvará agora e não tem condição de trocar a moto, e a lei está mandando o mototaxista a botar uma moto com 8 anos de uso. Enquanto isso, as pessoas que trabalham de forma irregular não tem fiscalização e trabalham com motos antigas”, contou o líder da categoria.
O presidente do sindicato declarou que a categoria irá realizar ainda novas manifestações na cidade.
Categoria buscou o Ministério Público do Trabalho
A categoria buscou o Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) na última segunda-feira (17) e solicitou uma ampliação na fiscalização da atividade de motoristas de aplicativo e mototaxistas irregulares.
O Procurador do Trabalho Edno Moura, que acompanha o caso, destacou o aumento significativo de motociclistas que atuam no transporte de passageiros via plataforma de aplicativo e o crescimento no número de acidentes.
“Com isso, aumentou-se o número de acidentes envolvendo motociclistas. Isso traz uma repercussão para a sociedade, que terá que arcar com os custos dos atendimentos a esses motociclistas que vierem a se acidentar”, disse o procurador.
“As plataformas não fazem contribuição previdenciária desses trabalhadores, não dão amparo a esses trabalhadores em caso de acidentes, por exemplo. Tudo isso sem falar das graves infrações de trânsito cometidas”, completou.
Segundo a major Luciana Martins, gerente de Fiscalização do Detran-PI, que também participou da conversa, blitzes são feitas diariamente para coibir possíveis irregularidades, mas que os pontos levantados pelo sindicato serão analisados.
Ao fim do encontro, O MPT declarou que tentará um diálogo com a Superintendência de Transportes e Trânsito de Teresina (Strans), órgão responsável pelas fiscalizações e pelo estabelecimento de critérios para o exercício da atividade na capital. Procurada pelo g1 nesta sexta-feira (21), a Strans informou que ainda não foi notificada pelo ministério.
*Caroline Rosário, estagiária sob a supervisão de Lucas Marreiros.
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