Agressor do Memorial do Holocausto compartilha ideologia do EI, diz MP alemão

O suspeito que feriu um turista espanhol em um ataque com faca no Memorial do Holocausto de Berlim na sexta-feira à noite compartilha a ideologia do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), disse o Ministério Público Federal alemão nesta segunda-feira (24).

O suposto agressor, um refugiado sírio de 19 anos identificado como Wassim AI M., “agiu com base em uma convicção islamista radical e antissemita” e “contra a sociedade liberal alemã”, disse o MP em um comunicado.

O Ministério Público, responsável por casos de terrorismo, assumiu o caso e abriu uma investigação preliminar por tentativa de homicídio e ferimentos graves.

Na noite de sexta-feira, o suspeito atacou por trás um turista espanhol, de 30 anos, que visitava o cemitério do monumento, ferindo-o gravemente no pescoço.

A vítima sobreviveu e passou por uma cirurgia de emergência. O agressor fugiu, mas retornou ao local três horas depois, onde abordou as forças de segurança, que o prenderam após verem suas mãos e calças manchadas de sangue.

O suspeito “estava planejando matar judeus há várias semanas”, segundo as autoridades, e “foi nesse contexto que o local do crime foi escolhido”.

Os investigadores encontraram um tapete de oração, um Corão e uma folha de papel com versos do Corão em sua mochila, “sugerindo” que seu ato teve “uma motivação religiosa”.

O ataque ocorreu dois dias antes das eleições parlamentares alemãs, em meio a tensões após uma série de ataques mortais cometidos por estrangeiros.

O Memorial do Holocausto de Berlim, inaugurado em 2005 no coração da capital, perto do Portão de Brandemburgo e da embaixada dos Estados Unidos, relembra com suas mais de 2.000 lápides de cimento os milhões de judeus exterminados pelo Terceiro Reich.

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