Ministro do STF autoriza ampliação de investigações sobre corrupção no STJ

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu sinal verde para a ampliação das investigações relacionadas a um inquérito que apura vazamentos de decisões e corrupção entre servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com essa nova autorização, agora são quatro os gabinetes sob análise. A Polícia Federal identificou mensagens de um lobista que estão ligadas a decisões no gabinete do ministro Paulo Moura Ribeiro. A solicitação para a unificação das investigações foi feita em 11 de novembro de 2024 e recebeu autorização no dia 18 do mesmo mês.

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As investigações estão focadas nos gabinetes dos ministros Og Fernandes, Isabel Gallotti e Nancy Andrighi, além do já mencionado Paulo Moura. Até o presente momento, as apurações envolvem apenas servidores, sem que ministros tenham sido formalmente investigados. Informações obtidas revelam que um juiz auxiliar do gabinete de Moura Ribeiro pode ter atuado como contato para o grupo investigado. O lobista Andreson Gonçalves, que está detido desde novembro do ano passado, é considerado o operador de um esquema de venda de sentenças no STJ. Ele teria compartilhado minutas de decisões com o advogado Roberto Zampieri, se gabando de ter obtido resultados favoráveis.

As investigações seguem em andamento no Supremo Tribunal Federal, e o delegado responsável não descarta a possibilidade de realizar buscas nos gabinetes do STJ ou até mesmo a inclusão de ministros nas apurações. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou um pagamento de R$ 938 mil feito pela advogada Mirian Ribeiro, esposa de Andreson, para uma advogada que é casada com um desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Contudo, não foram encontradas transações suspeitas que envolvessem ministros do STJ.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias

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