Barcelona e Atlético de Madrid empatam em gigante semifinal da Copa do Rei com oito gols

Barcelona e Atlético de Madrid fizeram um dos melhores e mais imprevisíveis jogos da temporada europeia nesta terça-feira. Com emoção do primeiro ao último minuto, as equipes empataram por 4 a 4 o duelo de ida das semifinais da Copa do Rei, no Estádio Olímpico Lluis Companys.

Depois de início avassalador e dois gols em seis minutos, o Atlético viu o rival virar para 4 a 2 e ficar com vantagem confortável. Mas, sem jamais se entregar, buscou a igualdade nos acréscimos, quando a torcida local já gritava “olé” a cada toque sem objetividade dos comandados de Hansi Flick, então satisfeitos com o 4 a 3.

O jogo poderia ter diversos heróis. Raphinha deu duas assistências na partida, que começou com os visitantes abrindo 2 a 0 com somente seis minutos. Aos 20 o placar já era igual e a virada veio ainda na primeira e elétrica etapa. Em cobranças de escanteio, o meia-atacante da seleção brasileira serviu os zagueiros Cubarsí (empatou) e Iñigo Martínez (virou). Pedri havia descontado. Depois do descanso, Lewandowski ampliou, mas nada estava acabado para um corajoso adversário. Llorente, aos 39, e Sorloth, aos 47, deixaram a semifinal aberta.

O duelo de volta ocorre somente no dia 2 de abril, em Madri. Antes, as equipes mudam a chave, jogam pelas oitavas de final da Liga dos Campeões e ainda se enfrentam pelo Espanhol, no qual apenas um ponto separa o líder Barcelona do terceiro colocado Atlético – o Real Madrid tem a mesma pontuação dos catalães, mas é pior nos critérios de desempate.

INÍCIO ARRRASADOR

O Atlético começou a partida em alta velocidade. Com 20 segundos, Julian Álvarez parou em milagre de Szczesny. Na cobrança do escanteio ensaiado, ainda no primeiro minuto, o argentino apareceu na segunda trave para abrir o marcador.

Um desafio a mais para o Barcelona mexido de Hansi Flick. O treinador optou por descanso ao goleador Lewandowski e também deixou Gavi na reserva. Queria um time mais rápido com Ferran Torres, Raphinha e Lamine Yamal na frente e dar mais ritmo de jogo para Dânio Olmo na armação.

Mas sequer teve tempo para acalmar o time e o treinador viu Griezmann ampliar. Erro de passe de Koundé no ataque e contragolpe fulminante com Álvarez servindo o livre francês. Szczesny nada pôde fazer e, com somente seis minutos, o prejuízo catalão era gigante.

Em semifinal elétrica e com futebol vistoso, a expectativa de mais gols se confirmou mais rápido do que o imaginado. Aos 20 minutos, o Barcelona já celebrava a igualdade. Com dois gols seguidos.

VIRADA COM TOQUE BRASILEIRO

Aos 19 minutos, Koundé se redimiu do erro no segundo do Atlético ao receber de Lamine Yamal na linha do fundo e mandar para trás, encontrando o livre Pedri, que apenas escorou para recolocar o Barcelona na partida. A torcida inflamou e o empate veio no lance seguinte. Raphinha cobrou escanteio e o jovem Cubarsí, de apenas 17 anos, anotou pela primeira vez com a camisa catalã, de cabeça. O zagueiro beijou o escudo e celebrou muito.

A virada veio antes do intervalo e novamente pelo alto. Raphinha bateu mais um escanteio em curva e desta vez quem surgiu de surpresa foi o outro zagueiro, Iñigo Martínez, que cabeceou sem marcação para gigante festa de todo o time, da comissão técnica e dos torcedores. O Barcelona saiu do buraco de maneira maiúscula e encarando o jogo de ida como “final de campeonato”.

Atrás do marcador, o Atlético voltou do intervalo com a mesma postura do início da partida e só não empatou porque Szczesny fez linda defesa em batida de Griezmann, cara a cara. Giuliano Simeone ainda teve chance, mas acertou na marcação.

O Atlético até conseguiu empatar, mas o lance acabou impugnado por impedimento. O técnico Diego Simeone protestou muito com a marcação acertada da arbitragem e acabou punido com amarelo. Para piorar, no ataque seguinte o Barcelona ampliou. Lamine Yamal fez jogada individual e serviu Lewandowski, que tinha entrado cinco minutos antes, e empurrou às redes para ampliar aos 29.

PROVOCAÇÃO E CASTIGO

A vantagem do Barcelona era confortável para o embate de volta, mas jamais desacredite nos times de Diego Simeone. Como um líder, o treinador “empurrava” sua equipe ao ataque a cada lance. O incentivo virou celebração de gol em batida rasteira de Llorente de fora da área, aos 39, o que fazia o Atlético ressurgir na semifinal.

A torcida catalã fazia enorme festa, provocando os rivais com gritos de “olé” a cada toque de seus ídolos. A provocação custou caro. O Atlético encaixou um grande contragolpe aos 47 minutos e deixou o estádio em silêncio, após Samuel Lino cruzar e Sorloth definir uma justa igualdade para delírio de um saltador Simeone.

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