Secretário de Comércio dos EUA adia reunião com Alckmin sobre taxação das importações de aço e alumínio


Telefonema está marcado para a próxima sexta-feira (28). Governo brasileiro aguardava aprovação de nomes indicados por Trump para dar início ao diálogo. Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
Cadu Gomes/VPR
A conversa do vice-presidente Geraldo Alckmin com o o secretário de Comércio do governo Donald Trump, Howard Lutnick, para tratar sobre a taxação das importações americanas de aço e alumínio foi adiada para a próxima semana.
A medida, que pode gerar impactos significativos para o setor de siderurgia de países como México, Canadá e Brasil, faz parte de uma das principais promessas de campanha de Trump: a taxação de produtos estrangeiros para priorizar a indústria norte-americana.
💵 O Brasil é um dos maiores exportadores dos dois produtos para a economia dos EUA. Mas, até o momento, não anunciou nenhuma medida em resposta à taxação – como elevar as próprias tarifas, por exemplo.
O adiamento ocorreu a pedido do governo norte-americano, por uma “questão de agenda”, segundo apurou a TV Globo. A reunião estava marcada para ocorrer nesta sexta-feira (28).
A decisão de Donald Trump de taxar todas as importações de aço e alumínio em 25% ainda não é vista como definitiva pelo governo brasileiro.
Alckmin, que é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, já defendeu que a saída para o impasse é o diálogo e que uma das alternativas é estabelecer cotas para evitar a sobretaxa, como foi feito em 2018.
Trump diz que vai impor tarifa de 25% sobre importação de aço e alumínio
A conversa ainda não aconteceu porque o governo brasileiro aguardava a indicação das autoridades do órgão americano responsável pelas tarifas para avançar nas negociações.
Howard Lutnick foi confirmado na semana passada pelo Senado americano como secretário do Comércio do governo Trump.
Lutnick é tido como um firme defensor das políticas comerciais de linha dura do presidente Donald Trump. Internamente, diplomatas e pessoas ligadas a Alckmin entendem que será preciso paciência e habilidade no diálogo.
A taxação foi aplicada a todas as compras de aço e alumínio dos Estados Unidos, ou seja, a todos os países e blocos econômicos, incluindo o Brasil. O prazo para as tarifas entrarem em vigor foi marcado para 12 de março. 
Até lá, o Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço para os americanos, segue em muitas reuniões, mas tratando o tema com reserva. O governo buscou compreender as implicações para só depois buscar formas para proteger a competitividade da indústria brasileira.
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