Governo dos EUA divulga documentos sobre ‘caso Epstein’

ROMA, 28 FEV (ANSA) – O Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou na noite de quinta-feira (27) a chamada “Fase Um” dos documentos de investigação relativos ao bilionário Jeffrey Epstein, que se suicidou na prisão em 2019, após ser acusado de comandar uma rede de exploração sexual e de abusar de mais de 250 menores de idade.   

O lote com cerca de 200 páginas traz uma lista de evidências como itens já apreendidos pela investigação, registros de voos no avião do empresário, além de contatos pessoais ligados a ele, que não necessariamente tenham envolvimento com seus crimes. Muitos dos nomes citados já eram de conhecimento das autoridades, como o vocalista da banda Rolling Stones, Mick Jagger, o rei do pop, Michael Jackson, a top model Naomi Campbell e o ator Ralph Fiennes.   

Apesar de o nome do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não aparecer entre os clientes de Epstein, os registros do avião mostram relações entre eles.   

Em 15 de maio de 1994, Trump e sua então esposa Marla Maples (de quem se divorciou em 1999) voaram na aeronave particular do abusador com a filha Tiffany e a babá da criança. No entanto não se tratou de um voo para a ilha de Little Saint James, no Caribe, onde aconteceram centenas de abusos sexuais contra mulheres, mas sim de voos internos: saindo de Palm Beach, na Flórida, rumo a Washington e da capital até Nova Jersey.   

“Esta primeira parte dos documentos joga luz na ampla rede de Epstein”, disse em nota a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, que agradeceu ao governo Trump por cumprir sua promessa de campanha de liberar a divulgação do material.   

“O Departamento de Justiça está seguindo o compromisso de Donald Trump com a transparência, levantando o véu sobre as ações repugnantes de Epstein e seus cúmplices”, acrescentou.   

(ANSA).   

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