Papa sofre piora ‘repentina’ após crise de broncoespasmo

O Papa Francisco sofreu nesta sexta-feira (28) uma crise “isolada” de broncoespasmo e uma piora “repentina” de sua condição respiratória, mas respondeu “bem” à terapia, informou a Santa Sé.

Esta hospitalização, a quarta e mais longa desde 2021, levanta preocupações sobre problemas anteriores que enfraqueceram a saúde do papa nos últimos anos: operações no cólon e no abdômen e dificuldades para caminhar. E reacendeu as dúvidas sobre sua capacidade de exercer suas funções, principalmente porque o direito canônico não prevê nenhum dispositivo em caso de problema grave que possa afetar sua lucidez.

“Força, Santo Padre!”

Desde sua internação no hospital Gemelli, Jorge Bergoglio, que recentemente descartou a ideia de renunciar, tem recebido mensagens de apoio de todo o mundo. O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, rezou nesta sexta-feira pela saúde do “Santo Padre”, “um grande pastor”, durante um evento católico em Washington.

Após o Obelisco de Buenos Aires no sábado, a imagem do primeiro papa latino-americano foi projetada até mesmo na quinta-feira à noite sobre a icônica estátua do Cristo Redentor, junto com a mensagem “Força, Santo Padre!” em vários idiomas. Em paralelo à maratona de orações na Praça de São Pedro, que nesta sexta-feira serão dirigidas pelo cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, o papa, mesmo internado, conseguiu retomar seu trabalho na segunda-feira.

Mas, ao contrário de sua internação em julho de 2021, quando ele pronunciou o tradicional Angelus da janela de seu quarto no hospital Gemelli alguns dias após sua internação, ele ainda não fez nenhuma aparição pública. A incógnita é quando ele aparecerá. Por enquanto, não se sabe se o fará neste domingo, de seu quarto do hospital, após se ausentar dos dois Angelus anteriores.

Francisco já cancelou a audiência programada para sábado para o Jubileu e não participará da missa da Quarta-feira de Cinzas em 5 de março, que será presidida pelo cardeal Angelo de Donatis. As informações indicam que sua hospitalização pode ser prolongada. Segundo o jornal Il Messaggero, “o Vaticano se prepara para administrar uma longa ausência” do sumo pontífice.

Mas em meio ao “ano santo” católico, celebrado a cada 25 anos e que atrai milhões de peregrinos a Roma, muitos fiéis não hesitam em seguir até as imediações do hospital para se aproximarem de seu líder espiritual.

em atualização

*Com informações da EFE AFP
Publicado por Carolina Ferreira

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.