BNDES aprova R$ 125,7 mi para Ciclus Ambiental Rio ampliar Centro de Tratamento de Resíduos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 125,7 milhões para a Ciclus Ambiental Rio ampliar a capacidade do Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) em Seropédica, no Rio de Janeiro. Os recursos foram aprovados no âmbito do Fundo Clima (R$ 88,0 milhões) e da Linha Saneamento (R$ 37,7 milhões).

O plano de investimentos da Ciclus na CTR do Rio prevê aporte total de R$ 132,3 milhões, para a expansão do aterro sanitário e ampliação da capacidade de recebimento e disposição de resíduos para 11,4 mil toneladas/dia – atualmente, o local recebe 10 mil toneladas/dia.

Entre as ações previstas, estão as obras de macrodrenagem pluvial (condução da água das chuvas via drenos); cercamento perimetral (proteção física e contra invasões e entrada de animais); e implantação de cinturão verde (faixa arborizada para proteger áreas vizinhas contra partículas de lixo e minimizar cheiros e impacto visual).

A empresa também vai construir duas novas lagoas de armazenamento de chorume com capacidade para acumular um volume útil de 25.000 m3 cada; instalação de novos instrumentos de medição adicionais para monitoramento do aterro sanitário; contratação de serviços de apoio topográfico e ensaios tecnológicos de solos e de mantas; desenvolvimento de projetos técnicos (básico/executivo) e de apoio ao licenciamento ambiental.

“A adequada gestão de resíduos sólidos no Brasil contribui com a redução de emissões de gases de efeito estufa, com a geração de energia a partir de fontes alternativas e com a melhoria na qualidade de vida da população”, disse em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacando que o projeto está alinhado aos objetivos do apoio a empreendimentos que tenham como objetivo a mitigação das mudanças climáticas.

Todo o biogás gerado no CTR da Ciclus é capturado e depois utilizado – em sua maior parte – na produção e comercialização de biometano por outra empresa, localizada dentro da mesma planta. A outra parte do biogás é destinada à geração de energia elétrica (2,8 MW), utilizada pela própria Ciclus. Com o projeto, ao longo de 15 anos, estima-se a redução de emissões de 172,1 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e p).

Segundo o BNDES, o CTR da Ciclus é um dos maiores centros de tratamentos de resíduos do mundo e sua instalação, em 2011, permitiu o encerramento e a recuperação ambiental dos lixões de Itaguaí e Seropédica, além dos aterros controlados de Gramacho e Gericinó.

“A expansão da operação da Ciclus torna viável um tratamento social e ambientalmente correto dos resíduos e amplia o potencial de transformação do lixo em ativos, expandindo esses benefícios aos municípios e a toda sociedade”, ressaltou o CEO da Ciclus Ambiental, Fernando Quintas.

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