Hamas diz que negociações para estender trégua estão travadas

TEL AVIV, 1 MAR (ANSA) – O porta-voz do Hamas, Hazem Qassem, afirmou neste sábado (1º) que atualmente não há negociações em andamento sobre uma segunda fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza.   

A declaração do representante do grupo fundamentalista islâmico foi feita ao Al Arabi logo após ter rejeitado a proposta de Israel de tentar estender a primeira fase da trégua no enclave, que expira hoje.   

O Hamas estaria insistindo em iniciar as negociações da segunda fase do acordo e exige a retirada das tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF) do Corredor Filadélfia, na fronteira entre Gaza e Egito.   

No entanto, a imprensa israelense revelou que as negociações para uma possível extensão da trégua e a libertação dos reféns vão continuar, mas por telefone, pois as delegações não voltaram ao Egito. O Ynet menciona que sem a intervenção ativa do enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, nenhum desenvolvimento sobre o tema é esperado.   

“Afirmamos nossa disposição de concluir as etapas restantes do acordo, levando a um cessar-fogo abrangente e permanente, à retirada completa das forças de ocupação de Gaza, à reconstrução e ao levantamento do cerco. Rejeitamos categoricamente a tentativa de impor qualquer projeto ou forma de administração não palestina ou a presença de forças estrangeiras no território”, informou o grupo em uma carta à cúpula da Liga Árabe.   

O Hamas ainda divulgou um vídeo mostrando o ex-refém Yair Horn, libertado após 489 dias, e seu irmão, Eitan, ainda mantido em cativeiro em Gaza, que pode ter sido filmado no momento da libertação de Yair.   

“O Hamas lançou outro vídeo de propaganda cruel, no qual os reféns são forçados a executar propaganda de guerra psicológica.   

Israel não será intimidado pela propaganda do Hamas.   

Continuaremos a trabalhar incansavelmente pelo retorno de todos os nossos reféns e pela realização de todos os objetivos da guerra”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. (ANSA).   

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