Opositores venezuelanos refugiados em embaixada argentina recebem gerador elétrico

A oposição venezuelana informou, nesta segunda-feira (3), que os cinco dirigentes asilados na embaixada da Argentina em Caracas receberam um gerador elétrico após meses denunciando um “cerco” à sede diplomática, sem serviço de eletricidade há mais de 100 dias.

Os asilados, colaboradores da líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, denunciaram que o serviço elétrico e de água foram cortados desde novembro e há duas semanas alertaram sobre o “colapso” da parte elétrica da residência.

Esse dirigentes se refugiaram na embaixada argentina em 20 de março de 2024, em meio a uma escalada de prisões antes das eleições presidenciais de 28 de julho nas quais o mandatário esquerdista Nicolás Maduro foi proclamado vencedor para um terceiro mandato, resultado que a oposição denuncia como fraudulento.

“Queremos informar que no dia de ontem, 2 de março, foi autorizada a entrada e a instalação de um novo gerador elétrico de emergência na residência da Embaixada da República Argentina, onde estão asilados cinco de nossos dirigentes”, indicou a oposição no X.

Isso, “12 dias após o colapso do gerador antigo e 100 dias sem serviço elétrico direto após a remoção dos fusíveis, cuja substituição imediata continuamos a exigir”.

Faltando pouco para que eles completem seu primeiro aniversário na embaixada argentina, a oposição exigiu a emissão de salvo-condutos para que eles possam deixar a Venezuela

“Reiteramos nosso pedido, depois de 350 dias na embaixada, para que sejam emitidos salvo-condutos o mais rápido possível para os solicitantes de asilo, de acordo com a lei internacional”, acrescentou a declaração da oposição.

Inicialmente, havia seis refugiados, mas em dezembro um deles, Fernando Martinez Mottola, se entregou às autoridades e recebeu liberdade condicional. Ele morreu em 26 de fevereiro.

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