Grupo anarquista reivindica incêndio em concessionária da Tesla na França

Um grupo anarquista reivindicou nesta terça-feira (4) a responsabilidade por um incêndio que destruiu 12 carros da Tesla em uma concessionária perto de Toulouse, no sudoeste da França, na noite de domingo, de acordo com uma mensagem publicada em uma plataforma de ultraesquerda.

Sob o título “saudação incendiária à Tesla”, a mensagem postada na terça-feira no site Iaata.info (Informações antiautoritárias de Toulouse e arredores) afirma: “incendiamos veículos dentro das instalações com a ajuda de dois galões de gasolina”.

Contatada pela AFP, a plataforma não respondeu até o início da tarde desta terça-feira.

“Enquanto as elites multiplicam as saudações nazistas, decidimos saudar uma concessionária Tesla à nossa maneira”, escrevem os autores, alegando encarnar “o antifascismo militante que não acredita no mito da democracia e a ecologia radical que não acredita em soluções tecnológicas”.

Durante a posse de Donald Trump em janeiro passado, Elon Musk, o bilionário proprietário da Tesla, bateu no peito com a mão direita e depois estendeu o braço com a palma da mão aberta. Ele então repetiu o gesto, voltando-se para a multidão atrás dele, antes de declarar: “Meu coração está com vocês”.

Desde então, o empresário, que está encarregado de cortar o orçamento federal dos EUA, ficou conhecido por exibir uma motosserra oferecida a ele pelo presidente argentino, Javier Milei, na convenção conservadora perto de Washington.

“Com esse ato, participamos do chamado ‘Bem-vindo à primavera, queime um Tesla’, da campanha internacional contra a Tesla, da Alemanha aos Estados Unidos – via Países Baicos – e, mais amplamente, do conflito anarquista”, destaca a mensagem do coletivo anarquista.

Apelos para atacar a Tesla, incluindo incêndios criminosos voluntários, estão sendo espalhados por várias plataformas de inspiração anarquista de língua francesa.

Em Lyon (centro-leste), após uma convocação para incendiar concessionárias da Tesla na semana passada pelo Rebellyon.info, um site de notícias local próximo à ultraesquerda, o gabinete do promotor público anunciou à AFP nesta terça-feira que havia aberto uma investigação por “provocação pública direta não seguida de efeito para cometer um crime ou ofensa”.

elr-bur/ap/abl/lrb/mab/mb/dd

Adicionar aos favoritos o Link permanente.