PMI mostra retomada do setor privado em fevereiro no Brasil, mas com inflação em alta

As empresas brasileiras dos setores industrial e de serviços tiveram uma retomada na atividade durante o mês de fevereiro, mas reportaram aumento de custos e nos preços cobrados durante o intervalo, segundo dados da S&P Global.

Os números mostraram que as pressões de custos das empresas cresceram no ritmo mais elevado em mais de dois anos e meio, e que o ritmo de reajuste nos preços cobrados pelas companhias foi o mais intenso desde meados de 2022, principalmente entre as prestadoras de serviços.

“Embora haja sinais de melhora na demanda por serviços, os participantes da pesquisa reportaram que o crescimento foi limitado por pressões de preço”, disse Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.

Segundo ela, as pressões relacionadas a preços “não dão sinais de redução” e indicam que os juros, num dos maiores níveis em oito anos, devem continuar elevados, prejudicando a demanda e os investimentos das empresas.

No setor de serviços, os insumos que mais colaboraram para o aumento de custos foram alimentos, mão de obra, materiais, transporte, eletricidade e água.

Na indústria, os empresários vincularam os custos maiores ao enfraquecimento do real e a preços mais altos do frete, do gás, de resinas de poliéster e do aço.

Nesta quarta-feira, a S&P Global divulgou que o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) que mede a atividade dos setores industrial e de serviços do Brasil subiu a 51,2 pontos em fevereiro, de 48,2 pontos em janeiro. A leitura, superior a 50 pontos, indica expansão.

O PMI que mede apenas a atividade do setor de serviços subiu de 47,6 para 50,6 pontos no mesmo intervalo, enquanto o PMI industrial aumentou de 50,7 para 53 pontos.

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