Cristian Cravinhos, condenado pela morte do casal von Richthofen, é solto; entenda

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) concedeu nesta quarta-feira, 5, a progressão de regime a Cristian Cravinhos, sentenciado a mais de 38 anos de prisão pelo assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, mortos em 2002, permitindo que o condenado cumpra o restante da pena em liberdade com algumas restrições.

A juíza Sueli Zuerak de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, apontou que Cristian Cravinhos teve bom comportamento enquanto esteve detido e foi submetido a um exame criminológico que teve resultado favorável. O condenado deixou a Penitenciária “Dr. José Augusto Salgado”, a P2 de Tremembé (SP), ainda nessa quarta-feira.

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O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) havia se manifestado de forma contrária à progressão do apenado, mas a magistrada entendeu que as contestações do órgão não eram aptas para justificar a permanência de Cravinhos no presídio. “Note-se que o apenado usufruiu de diversas saídas temporárias ao longo do cumprimento da pena, tendo sempre retornado ao estabelecimento prisional”, pontuou a juíza.

Sueli estabeleceu que, para permanecer em liberdade, Cravinhos deverá:

  • Comparecer trimestralmente à Vara de Execuções Criminais para informar sobre suas atividades;
  • Obter ocupação lícita, devendo comprovar às autoridades;
  • Sair para o trabalho às 6h00 da manhã, devendo recolher-se na habitação
    até às 22h00, bem como em finais de semana e feriados, salvo autorização
    expressa deste Juízo;
  • Não mudar da Comarca sem prévia autorização do juízo;
  • Não mudar de residência sem comunicar o juízo;
  • Não frequentar bares, casas de jogo e outros locais incompatíveis com o
    benefício conquistado.

Em contato com a IstoÉ, o MP-SP informou que não concorda com a medida e irá recorrer da decisão. Conforme o órgão, apesar de o exame criminológico ser “relativamente favorável” a Cravinhos, um teste de Rorschach apresentou que o condenado tinha sinais de falta de empatia e “propensão a concretizar impulsos”.

Cristian Cravinhos é o último dos três envolvidos no crime a cumprir pena em liberdade. O apenado já havia progredido ao regime semiaberto em 2013 e aberto pela primeira vez em 2018, mas, na ocasião, retornou para a prisão 24 dias após ser solto por uma tentativa de subornar policiais. Em março de 2022, o condenado conseguiu direto ao semiaberto novamente.

Relembre o caso von Richthofen

Suzane von Richthofen tinha pouco mais de 18 anos quando cometeu o crime com a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian. Os dois rapazes subiram até o segundo andar da residência da família de Suzane e mataram Manfred e Marísia com marretadas na cabeça enquanto o casal dormia.

Após serem sentenciados, Daniel recebeu a mesma pena que Suzane. Já Cristian foi sentenciado a 38 anos e 6 meses de detenção.

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