Caso Brigadeirão: Justiça nega prisão domiciliar de mandante do crime

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou o pedido de prisão domiciliar da cigana Suyane Breschak, acusada de ser a mandante da morte do empresário Luiz Marcelo Ormond, que morreu, em maio do ano passado, após comer um brigadeirão entregue pela namorada, Julia Andrade.

Suyane teve mais um pedido de revogação da prisão preventiva negada. Dessa vez, a defesa alegou querer a concessão da prisão domiciliar, pois a cigana teria sido agredida e sofreu ameaças no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona Oeste carioca, local em que está detida.

O juízo 4ª Vara Criminal da Capital, marcou, para o dia 1º de abril, a audiência de instrução e julgamento para ouvir as rés e testemunhas do Ministério Público.

Para a juíza Lúcia Mothe Glioche, titular da 4ª Vara Criminal da Capital, as denunciadas se uniram para matar a vítima, com objetivo de usufruir dos bens do homem, além de agirem de forma calculada e fria. Segundo ela, isso revela periculosidade que justifica a segregação e demonstra a capacidade delas de atuarem para prejudicar a colheita da prova em juízo.

A Justiça também negou o pedido da defesa de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que também é acusada pelo crime. O pedido de Julia era para ela ser retira da denúncia como responsável pelo assassinato de Luiz. A tentativa foi feita a partir do questionamento da perícia no laudo de exame de necropsia do homem.

Lúcia ainda disse que o documento é “suficiente para indicar que, em conjunto com o colhido no inquérito policial, a causa da morte seja intoxicação exógena e envenenamento”, e que “a denúncia trazida está lastreada em suporte mínimo probatório, autorizando a imputação”.

Relembre o caso

O empresário Luiz Marcelo Ormond foi encontrado morto no dia 20 de maio no apartamento onde morava, na zona norte do Rio de Janeiro.

Ele teria morrido cerca de três dias após comer um brigadeirão envenenado dado a ele pela namorada, a psicóloga Julia Andrade Cathermol Pimenta, 29 anos. Julia se entregou à polícia na noite do dia 4 de junho, mas ficou em silêncio.

As investigações apontam que a Suyany Breschak, que se apresenta como cigana esmeralda nas redes sociais, seria a mandante e arquiteta do homicídio. A motivação do crime seria financeira.

Um exame complementar feito pelo Instituto Médico Legal (IML) a pedido da 25ª DP do Rio de Janeiro, identificou morfina no corpo de Luiz.

O laudo obtido pela CNN também aponta que os peritos encontraram Clonazepam, medicamento de uso controlado que só pode ser vendido com prescrição médica. O exame não diz a quantidade da substância, mas vai ao encontro da principal hipótese da Polícia Civil, de que Ormond morreu por envenenamento.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso Brigadeirão: Justiça nega prisão domiciliar de mandante do crime no site CNN Brasil.

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