Parques nacionais do Zimbábue denunciam projeto de mineração que ameaça rinocerontes

Um projeto de exploração de carvão no parque Hwange, o mais conhecido do Zimbábue para safáris, ameaça a população de rinocerontes negros do local, advertiu nesta quinta-feira (6) a autoridade que administra os parques nacionais.

Em um comunicado, a ZimParks exortou o Ministério de Minas a “anular a solicitação de prospecção exclusiva para atividades mineradoras no Parque Nacional de Hwange, que se dirige especificamente à zona de proteção intensiva do rinoceronte negro Sinamatella”.

O projeto de mineração, acrescentou, “constitui uma ameaça significativa” porque “aumentará o risco de extinção da espécie e as perspectivas de reconstituição da população serão afetadas”.

A empresa chinesa Sunny Yi Feng apresentou um pedido de “prospecção de carvão” em uma área de mais de 16 mil hectares que começa a menos de oito quilômetros do acampamento de Sinamatella, que recebe os visitantes do parque de Hwange, segundo o boletim oficial do governo de 14 de fevereiro.

“A exploração mineradora pode interromper o fluxo de águas subterrâneas e ameaçar as fontes de água vitais das quais depende nossa fauna. Essa perturbação pode agravar a escassez de água existente”, advertiu a ZimParks.

Os rinocerontes negros estão classificados como ameaçados de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

De acordo com os últimos números publicados pela UICN em setembro, havia pouco mais de 6.400 exemplares no mundo, 1% menos em relação ao ano anterior devido à caça furtiva.

Localizado no oeste do país, o parque de Hwange também tem a segunda maior população de elefantes do continente, segundo a ZimParks, com mais de 65 mil exemplares em 14.600 km² de vegetação.

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