Líderes da UE apoiam plano bilionário para rearmamento do bloco

BRUXELAS, 6 MAR (ANSA) – Em um cúpula extraordinária realizada em Bruxelas, na Bélgica, os 27 chefes de Estado e de governo na União Europeia concordaram em dar luz verde ao plano “ReArm” proposto pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.   

As discussões abordaram a ampla gama de opções a serem seguidas em relação ao conflito no leste do continente, como o fortalecimento da posição da Ucrânia, através de uma nova ajuda militar, e explorar a possibilidade de criar uma coalizão disposta a agir caso a paz seja alcançada.   

Embora todos tenham concordado em reforçar a proteção do continente, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, foi o único a ter rejeitado as conclusões sobre o apoio contínuo do bloco a Kiev.   

O documento, que possui vários tópicos relacionados ao conflito, destaca que as negociações não poderão acontecer sem a presença da Ucrânia e reafirma que o bloco seguirá fornecendo apoio financeiro “regular e previsível” ao país. Em 2025, a UE deverá enviar 30,6 bilhões de euros.   

“Além dos fundos já comprometidos para este ano, a UE acolhe com satisfação a prontidão dos Estados-membros para intensificar os esforços para atender às necessidades militares e de defesa urgentes da Ucrânia, em particular a entrega de sistemas de defesa aérea, munições e mísseis, o fornecimento de treinamento e equipamento necessários para as brigadas e outras necessidades que Kiev possa ter”, afirma o texto.   

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, descartou a possibilidade de mobilizar tropas do país para a região, pois considera essa ação como “muito complicada e não eficiente”. Ela acrescentou que está aberta a missões de manutenção da paz na Ucrânia, mas apenas com um mandato da Organização das Nações Unidas (ONU).   

Em relação ao plano “ReArm”, a chefe de governo italiana disse que acolheu com satisfação, mas alertou que os 150 bilhões de euros poderia elevar as dívidas de alguns Estados-membros.   

“Faremos propostas para impulsionar investimentos com garantias europeias, no modelo do programa InvestEU. Há a possibilidade de os países da UE fazerem essa escolha, não podemos impedir, mas vou propor ao Parlamento que descarte que a Itália possa usar fundos de coesão para comprar armas”, afirmou.   

Von der Leyen anunciou que deseja mobilizar 800 bilhões de euros para reforçar as defesas dos países da UE e reduzir o impacto do congelamento da ajuda militar dos EUA à Ucrânia.   

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que autoridades de seu país e dos Estados Unidos se reunirão na próxima semana na Arábia Saudita. (ANSA).   

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