Presidente da FPF pede desculpa após atribuir polêmica de pênalti do Palmeiras a Rafael

O pênalti marcado em Vitor Roque, que resultou no gol de Raphael Veiga para o Palmeiras vencer o São Paulo e ir à final do Paulistão continua a repercutir. Após o São Paulo reclamar, o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, falou sobre o lance, isentando a arbitragem de erro. Mais tarde, ele pediu desculpas sobre o comentário, que atribuiu a polêmica ao goleiro Rafael.

Foi justamente o que mais chamou a atenção na fala do presidente. “O Rafael foi sair jogando, não saiu jogando bem, e olha só o que aconteceu. Quantos atores estão nessa dificuldade. Se o Rafael chuta para frente, não acontece nada”, comentou, descrevendo a tentativa de o goleiro trocar passes com Arboleda, que caiu e precisou tentar dividir com o atacante palmeirense.

O pedido de desculpas foi publicado pela FPF. “Conversei com Rafael por telefone e me desculpei pelo comentário infeliz ao citá-lo. Quero esclarecer que em nenhum momento quis atrelar a polêmica de arbitragem ao goleiro Rafael, a quem admiro e respeito muito o trabalho”, afirmou Carneiro.

O presidente da federação, inclusive, elogiou a atuação de Flávio Rodrigues de Souza, árbitro principal da partida, e o restante da equipe, que tinha Rodrigo Guarizo no VAR. “A arbitragem, até aquele lance polêmico, foi absolutamente normal. Muito pouca contestação. Um lance que eu rezo todo santo dia para não acontecer. Vocês que são do futebol sabem. Se não tivesse dado o pênalti, quem estaria reclamando hoje era o Palmeiras.”

Alisson, do São Paulo, concordou, em conversa com os jornalistas na zona mista logo após a partida. O jogador disse que não houve erros até o lance polêmico. “Ele só falou que o VAR já tinha chegado e já tinha confirmado o pênalti”, relatou o são-paulino, sobre o que disse o árbitro aos jogadores.

O presidente da FPF ainda deu sua interpretação da situação, dizendo entender o São Paulo. “Um toque existe. A gente garantir que aquele toque foi suficiente para desequilibrar o atacante é uma interpretação. Dois (árbitros) Fifa, um no campo e um na cabine, entenderam que foi suficiente. Mas é algo que me entristece, porque eu entendo a mágoa do torcedor e da diretoria são-paulina. É um lance extremamente no limite. Para onde você decidisse, alguém ia ficar em desagrado.”

Corinthians e Palmeiras começam a decidir o Paulistão neste domingo, 16, no Allianz Parque. O Corinthians busca o 31° título, enquanto o Palmeiras tenta alcançar o 27° e um tetracampeonato inédito na era profissional. Esta também será a primeira vez, desde 2020, que os clubes se enfrentam em uma final estadual.

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