Zelensky e Ocidente pressionam a Rússia a responder proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos

A Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo temporário de 30 dias e aguarda a resposta da Rússia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quarta-feira (12) que seu país demonstrou estar disposto a uma trégua e que agora cabe ao Kremlin decidir. A proposta foi discutida em uma reunião entre representantes da Ucrânia e dos Estados Unidos em Jidá, na Arábia Saudita. O governo ucraniano afirmou que, caso o cessar-fogo seja concretizado, buscará garantias de segurança com seus aliados europeus. Zelensky destacou que o período de trégua deve servir para formalizar os compromissos estabelecidos e as condições de segurança.

O Kremlin, por sua vez, disse esperar mais detalhes sobre o acordo por meio de canais diplomáticos nos próximos dias. O porta-voz russo, Dmitry Peskov, declarou que Moscou aguarda informações dos negociadores norte-americanos. O chanceler alemão Olaf Scholz e líderes de outros países ocidentais também pediram que o governo russo responda à proposta de cessar-fogo.

Nos Estados Unidos, a aceitação da trégua pela Ucrânia levou o presidente Donald Trump a retirar a suspensão da ajuda militar ao país. As remessas de equipamentos militares e o compartilhamento de inteligência, congelados desde uma reunião entre Trump e Zelensky em fevereiro, serão retomados. A Polônia confirmou que o envio de armamentos americanos através do centro logístico de Jasionka voltou aos níveis anteriores. Trump indicou ainda que pretende se reunir novamente com Zelensky na Casa Branca e que poderá conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, nos próximos dias. O líder norte-americano disse que espera um cessar-fogo completo em breve e mencionou uma “grande reunião” com a Rússia.

O conflito entre Ucrânia e Rússia, que já dura mais de três anos, teve um recente aumento da violência. Desde que os EUA interromperam sua assistência, a Rússia intensificou ataques contra a infraestrutura ucraniana e avançou em regiões próximas à fronteira. Paralelamente, a Ucrânia realizou um dos maiores ataques com drones contra o território russo, resultando em três mortes.

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A mudança na política norte-americana em relação à guerra levou os países europeus a revisarem sua estratégia. O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu garantias de segurança “sólidas” para a Ucrânia, enquanto o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e a premiê italiana, Giorgia Meloni, destacaram que a decisão agora está nas mãos da Rússia.

*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira

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