Prisão de ativista pró-palestino não vai contra a liberdade de expressão, diz secretário de Estado dos EUA

A detenção de uma figura emblemática dos protestos pró-palestinos na Universidade de Columbia, em Nova York, Mahmoud Khalil, não entra em conflito com o respeito à liberdade de expressão, disse o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, nesta quarta-feira (12).

“Não se trata de liberdade de expressão”, disse Rubio quando perguntado se a prisão de Mahmoud Khalil no fim de semana entrava em conflito com a defesa do presidente Donald Trump do direito de expressar opiniões nos Estados Unidos e na Europa.

“Se trata de pessoas que, para começar, não têm o direito de estar nos Estados Unidos”, disse Rubio aos repórteres no aeroporto de Shannon, na Irlanda, durante uma parada para reabastecimento após uma viagem à Arábia Saudita.

A polícia de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) prendeu Mahmoud Khalil, recém-formado pela Universidade de Nova York, neste fim de semana, onde ele era um dos porta-vozes do movimento estudantil que pedia um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

“Você pode ter o visto negado se nos disser, ao fazer a solicitação: ‘Olá, estou tentando entrar nos Estados Unidos como estudante e sou um grande apoiador do Hamas’”, acrescentou o chefe da diplomacia dos EUA.

A prisão de Mahmoud Khalil no fim de semana provocou protestos no meio acadêmico e entre os defensores dos direitos humanos nos EUA.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA declarou que ele havia “conduzido atividades relacionadas ao Hamas, que é considerado uma organização terrorista”.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a prisão de Khalil foi a “primeira de muitas”, acrescentando que havia “outros estudantes da Columbia e de outras universidades envolvidos em atividades pró-terroristas, antissemitas e antiamericanas”.

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