Próximo passo da reforma ministerial deve mudar Secretaria-Geral e pasta das Mulheres

O presidente Lula começou a reforma ministerial pelas pastas reservadas ao PT e deixou para um segundo momento os cargos destinados a partidos aliados. Assim, as primeiras mexidas aconteceram com as entradas de Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais e Alexandre Padilha na Saúde, ambos petistas.

Os próximos passos, segundo Lula revelou para auxiliares nos últimos dias, será substituir o Márcio Macêdo, da Secretaria Geral da Presidência da República, e Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, também filiados ao partido. Só depois dessas mudanças viriam as possíveis nomeações, por exemplo, de nomes do Centrão.

Aliados da base do governo e até ministros reclamam da demora do presidente ao realizar a reforma em conta-gotas. O método de Lula incomodou, principalmente, no caso de Nísia Trindade, que passou por longa fritura e teve a imagem desgastada por especulações antes de sair da Saúde.

A possível demissão de Macêdo também é dada como certa desde o final do ano passado e, agora, está perto de ser confirmada. Entre os próprios petistas há a avaliação de que Macêdo é um dos integrantes mais desgastados da equipe. O titular da Secretaria-Geral sofreu críticas ao longo dos dois primeiros anos no Planalto por não ter criado uma melhor relação com os movimentos sociais. Nesse sentido, ele não teria conseguido uma articulação desejada nem com os militantes do PT.

Macêdo sofreu críticas também pelo caso das passagens pagas com dinheiro público à sua equipe para um carnaval fora de época em sua cidade, Aracaju, em janeiro de 2024. Três funcionários da pasta tiveram de reembolsar os valores à União. O ministro, à época, considerou o caso “um erro de procedimento”.

Foi debitado ainda na conta de Macêdo o vexame na organização da comemoração do 1º de Maio do ano passado, no estacionamento do estádio Itaquerão, na Zona Leste de São Paulo. O evento, com a presença de Lula, teve um público pífio. Dirigentes do PT de São Paulo reclamaram do fato de terem recebido um telefonema do ministro apenas três dias antes, pedindo para preparar o ato em cima da hora. O próprio Lula não gostou do resultado e reclamou publicamente.

Em relação a Cida Gonçalves, pesam as acusações feitas em janeiro deste ano sobre suposta prática de assédio moral e xenofobia no ministério. A denúncia contra Cida foi encaminhada pela Controladoria Geral da União (CGU) à Comissão de Ética da Presidência. Esse episódio arranhou fortemente a imagem da ministra das Mulheres.

A situação de Cida, como no caso de Nísia, gera especulações. Na sexta-feira, 14, presidente Lula foi a Sorocaba (SP) fazer a entrega de ambulâncias do Samu a 559 cidades e, à noite, participar da festa de aniversário da ex-prefeita paulistana Marta Suplicy (PT), no bairro paulistano dos Jardins. Dentro do partido, alguns petistas aproveitaram a situação para defender o nome de Marta como uma opção para o Ministério das Mulheres.

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