“Acho que vai passar por pressão como eu passei”, diz Campos Neto ao CNN Talks sobre indicação de Galípolo

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou durante CNN Talks, nesta quinta-feira (29), acreditar que Gabriel Galípolo, indicado para sucedê-lo à frente da autoridade monetária, sofrerá pressão no cargo, a despeito de ter sido membro do governo federal atual.

“Acho que sim, vai passar por pressão, como eu passei. O importante é a gente entender que a institucionalidade está melhorando. Precisamos tirar o Banco Central desta polarização”, disse.

Questionado sobre se esta pressão seria menor pelo fato de Galípolo ter sido número 2 da atual gestão do Ministério da Fazenda, Campos Neto relembrou que o quadro estará à frente do BC pelos próximos quatro anos — caso seu nome seja aprovado pelo Senado —, período que compreende a próxima gestão do Executivo.

“Sim [pode haver tom mais colaborativo com a gestão atual], mas ele vai atravessar outro mandato, que pode ser do mesmo governo ou não. É importante entender que isso faz parte da história do BC daqui para frente: em alguns casos conviver com um Executivo que não foi o que indicou”, disse.

Campos Neto ainda voltou a dizer que “espera que o seu sucessor não seja julgado pela camisa ou pelos jantares, nem pelo evento que participou, mas pelas decisões técnicas que tomou”.

A fala ocorreu durante o CNN Talks: Caminhos para o Crescimento, que aconteceu em São Paulo. A indicação de Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, à presidência da autarquia foi oficializa na quarta-feira (28).

Este conteúdo foi originalmente publicado em “Acho que vai passar por pressão como eu passei”, diz Campos Neto ao CNN Talks sobre indicação de Galípolo no site CNN Brasil.

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