Audi planeja eliminar 7.500 empregos na Alemanha até 2029

A montadora de automóveis Audi, que pertence ao grupo Volkswagen, anunciou nesta segunda-feira (17) um plano para eliminar 7.500 empregos na Alemanha até 2029, em um momento em que o setor enfrenta uma concorrência cada vez maior dos modelos elétricos chineses.

O plano busca “reforçar a competitividade e as perspectivas de futuro da Audi”, afirmou Gernot Döllner, diretor executivo da marca alemã, em um comunicado.

A empresa justificou a decisão pelas “condições econômicas que se tornam cada vez mais difíceis, a pressão da concorrência e as incertezas políticas [que] representam enormes desafios para a empresa”.

A Audi se comprometeu a realizar uma “redução de quadro socialmente aceitável”, o que deve excluir demissões, segundo um acordo firmado com o comitê de empresa.

A montadora de veículos de alta gama emprega 87 mil pessoas, das quais 55 mil trabalham em suas fábricas na Alemanha.

As duas maiores instalações da marca, localizadas em Ingolstadt e Neckarsulm, no sul da Alemanha, receberão aproximadamente 8 bilhões de euros (R$ 49,9 bilhões) em investimentos até 2029 para apoiar a transição para a mobilidade elétrica, informou a Audi.

O setor automotivo atravessa um período particularmente difícil na Europa, com uma redução da demanda, perda de competitividade e aceleração da inflação.

Diante desses desafios, vários gigantes da indústria anunciaram planos para reduzir custos. A Volkswagen, por exemplo, anunciou em dezembro que pretende cortar mais de 35 mil empregos até 2030.

Em 2024, a Audi entregou mais de 164 mil modelos “totalmente elétricos”, uma queda de 8% em relação ao ano anterior.

O mercado chinês, que representa quase 40% de suas entregas globais (650 mil de 1,67 milhão), registrou uma redução de 11%.

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