Filipe Barros é confirmado em comissão que seria de Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) foi confirmado como presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), no lugar de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que anunciou ontem (18) que vai se licenciar temporariamente do mandato, sem qualquer remuneração.

“Todos conhecem o meu perfil e sabem que eu priorizo sempre o diálogo e vai ser esse o norte da presidência dessa comissão, através do diálogo com todos os partidos políticos, para que essa comissão avancem em pautas tão importantes para o nosso país”, disse Barros em discurso.

Sobre Eduardo Bolsonaro deixar o país para pedir asilo nos Estados Unidos, Barros comentou que ele “se exila para fugir de uma iminente perseguição as suas liberdades e da sua família. É mais um capítulo triste da recente história do Brasil, onde a democracia é quase uma palavra sem sentido”, destacou.

O novo presidente da comissão foi escolhido com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Antes, o partido cogitou indicar, para a função, o deputado Zucco (PL-RS), atual líder da oposição.

“A comissão continua sendo nossa [do PL]. Deve ser o Filipe Barros, o indicado para a presidência. Era o Zucco, mas o Zucco continua na liderança da minoria, da oposição”, afirmou Bolsonaro durante entrevista a jornalistas no Senado na tarde de ontem.

Prioridade do PL

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional era prioridade do PL, que maior bancada da Casa com 92 deputados, e, portanto, com prioridade na escolha.

Na última quinta-feira (13), os líderes se reuniram para fechar os últimos detalhes sobre as indicações, mas saíram, do encontro, sem acordo fechado. No total, a Casa tem 30 comissões.

A indicação de Eduardo Bolsonaro foi alvo de críticas e de movimentos da base governista para impedir que ele assumisse o comando da comissão. O PT, articulado pelo líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), apresentou uma queixa-crime contra o filho de Jair Bolsonaro, acusando-o de conspiração contra o governo brasileiro com parlamentares dos EUA, solicitando também a apreensão do passaporte dele.

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