Brasil teve 2,7 mil mulheres resgatadas de trabalho escravo em 10 anos

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Em 10 anos, 2,7 mil mulheres foram resgatadas em trabalho semelhante à escravidão no Brasil. Os dados são de um relatório de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), feito entre os anos de 2013 e 2023. Minas Gerais lidera o ranking com 510 mulheres libertadas, seguido por Pará, com 419, e São Paulo, com 229.

De acordo com o relatório, as mulheres vítimas desse crime têm um perfil de alta vulnerabilidade: 66%, ou duas em cada três estudaram só até o ensino fundamental; e 16% delas, o equivalente a uma em cada seis, eram analfabetas. Também duas em cada três eram trabalhadoras rurais atuando na pecuária e em lavouras, especialmente na de café. A cada dez resgatadas, sete são negras.

Invisíveis

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Segundo o MTE, o número de mulheres nessa situação pode ser ainda maior. Isso porque muitos casos não são identificados. São as chamadas “trabalhadoras invisíveis”, porque desempenham atividades com menos visibilidade, como cuidadoras de crianças ou cozinheiras.

Auditores do Ministério do Trabalho apontam ainda que, apesar de as mulheres resgatadas serem minoria, representando 3% do total, em muitos casos são idosas com décadas de vida submetidas a condições degradantes de exploração. Muitas delas sequer têm família ou amigos, porque começaram a trabalhar ainda quando crianças na casa do empregador.

Trabalho escravo

© MDHC/Divulgação

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