Copom sinaliza desaceleração na alta da Taxa Selic a partir de maio

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil sinalizou que, a menos que ocorram mudanças significativas no cenário econômico, a instituição pretende desacelerar o aumento da taxa Selic a partir de maio. Após três reuniões consecutivas elevando a taxa em 1 ponto percentual, o Copom avisou na última quarta-feira (19) que a expectativa é que o próximo ajuste não ultrapasse 0,75 ponto percentual, indicando que o ciclo de alta pode estar se aproximando do fim.

O mercado financeiro já começou a ajustar suas previsões, apontando para a possibilidade de que o ciclo de aumento da Selic se encerre em junho. Apesar de o Copom não ter se comprometido a realizar o último aumento em maio, a preocupação com a desancoragem das expectativas e a incerteza elevada foram destacadas. No entanto, a resiliência da atividade econômica, mesmo em um cenário de desaceleração, foi reconhecida.

Instituições financeiras, como BMG e BNP Paribas, projetam que a Selic pode sofrer mais um aumento, alcançando entre 15% e 15,25% até junho. Com a experiência de quem já esteve no Copom, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, observou que menções às defasagens da política monetária ocorrem, historicamente, antes do fim do ciclo de ajustes. Ele pondera que isso não sugere que o Copom “necessariamente interrompa o aperto monetário”. Em maio de 2022, o Copom fez menção a defasagens na ata de sua reunião e, ainda assim, fez mais dois aumentos de 50 pontos-base.

A previsão do Itaú, assim como a de economistas de bancos como Bank of America, Barclays, Daycoval e BTG Pactual, é de que a Selic vai subir mais duas vezes e chegar a 15,25%.

*Reportagem produzida com auxílio de IA e Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias

Adicionar aos favoritos o Link permanente.