Lula chega ao Japão para visita oficial; principal objetivo é tentar abrir o mercado japonês para carne bovina brasileira


A visita marca os 130 anos de relação diplomática entre Brasil e Japão. O presidente Lula chegou ao Japão para uma visita oficial acompanhado de onze ministros.
A viagem foi como uma grande reunião de governo de 26 horas em pleno ar. Logo na chegada, a foto do presidente Lula ao lado da atual e da antiga cúpula do Congresso. Na ordem, o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o atual, Davi Alcolumbre. Do outro lado de Lula, o atual presidente da Câmara, Hugo Motta, e seu antecessor, Arthur Lira. As 26 autoridades chegaram às 10h de segunda-feira (24) no Japão, no hotel onde ficarão hospedados.
O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o atual, Davi Alcolumbre. Do outro lado de Lula, o atual presidente da Câmara, Hugo Motta, e seu antecessor, Arthur Lira
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O motivo da viagem foi um convite do imperador Naruhito. Ele não recebia um chefe de Estado em uma visita de alto nível desde 2019, quando convidou o presidente americano, Donald Trump.
De acordo com a religião japonesa, o xintoísmo, o imperador é descendente direto da deusa do sol, Amaterasu, que teve um filho e o colocou na Terra para reinar no Japão, 600 anos antes de Cristo. Hoje, o imperador tem um papel simbólico e cultural.
A visita marca os 130 anos de relação diplomática entre os dois países. A cerimônia, repleta de formalidades, começa às 21h35 pelo horário de Brasília – manhã de terça-feira (25) no Japão.
Lula também vai ter reunião de trabalho com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, que tem o poder político. Junto com os ministros de cada área, quer selar acordos em áreas como ciência e tecnologia, combustíveis sustentáveis, educação, pesca e recuperação de pastagens. Mas, principalmente, aumentar o comércio com os japoneses – o segundo maior parceiro comercial na Ásia; um fluxo de US$ 11 bilhões ao ano. Bem atrás da China, o maior parceiro do Brasil, com fluxo de US$ 188 bilhões.
Lula chega ao Japão para visita oficial
Jornal Nacional/ Reprodução
Nesse momento, China e Estados Unidos, os dois principais parceiros econômicos do Brasil, travam uma guerra de tarifas. E, por isso, desde 2024, depois de acordos da Europa com o Mercosul, Lula vem tentando diversificar as relações comerciais. Acordos do Japão com o Mercosul também estarão na pauta.
O principal ponto é tentar abrir o mercado japonês para carne bovina brasileira. O Brasil produz 20% de toda a carne do mundo, é responsável por 25% do mercado global. Mas ainda não vende para o Japão. E, de acordo com o Itamaraty, talvez ainda não seja agora.
Na melhor das hipóteses, o Brasil vai sair com uma data para inspeção sanitária do gado brasileiro. Em maio, a Organização Mundial da Saúde Animal deve reconhecer o Brasil como área livre da febre aftosa sem vacinação. O que vai facilitar a abertura de mercado para a carne brasileira.
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