Defesa de Braga Netto fala em fragilidade de provas e diz que denúncias são ‘contraditória e fantasiosa’

Os advogados do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro, enviaram nesta segunda-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma síntese dos argumentos da defesa para tentar convencer os ministros da Primeira Turma a rejeitarem a denúncia do golpe. Os advogados José Luis Oliveira Lima, Rodrigo Dall’Acqua, Rogério Costa, Millena Galdiano e Bruno Dallari Oliveira Lima, que representam o ex-ministro, afirmam que a denúncia é “contraditória, fantasiosa e assumidamente sem compromisso com as provas” e que “os procedimentos que lhe precederam padecem de diversas ilegalidades”. “Diante de todo esse cenário, é manifesta a necessidade desse E. STF, com a sabedoria e serenidade que lhe são peculiares, rejeitar as temerárias acusações articuladas contra o Gen. Braga Netto”, pede a defesa.

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Segundo a denúncia, Braga Netto financiou uma operação para executar o ministro Alexandre de Moraes – o plano Copa 2022 – e fez a interlocução com apoiadores radicais de Bolsonaro que estavam acampados nos quartéis. Ele é apontado como um dos líderes de uma organização criminosa armada que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), foi montada para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. Os advogados de Braga Netto alegam que as provas são “frágeis” e “sonegadas”, e diz não ter tido teve acesso a todo o acervo probatório da investigação e afirma que a PGR não individualizou as condutas dos denunciados.

Os advogados também dizem que a investigação do golpe é irregular porque foi aberta com base no inquérito das milícias digitais, instaurada de ofício pelo ministro Alexandre de Moraes a partir do compartilhamento de provas do inquérito dos atos antidemocráticos, arquivado por iniciativa da PGR. Os advogados de Braga Netto alegam que o ministro agiu irregularmente ao mandar investigar fatos que haviam sido dados como encerrados pela Procuradoria-Geral da República

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Paula

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