Investigação sobre morte misteriosa de criança na França sofre reviravolta com prisão de avós

A longa investigação sobre o misterioso desaparecimento e morte de um menino francês em 2023 tomou um rumo inesperado nesta terça-feira (25), quando a polícia prendeu os avós do menino e dois outros parentes sob suspeita de homicídio doloso.

A morte de Émile Soleil, um menino de dois anos e meio que desapareceu em um vilarejo nos Alpes franceses em julho de 2023, continua sem explicação, mesmo após a localização de seu crânio e dentes por uma pessoa nove meses depois.

Na época, os promotores disseram que a causa de sua morte, que chocou a França, poderia ter sido “uma queda, homicídio culposo ou assassinato”. Mais tarde, a polícia encontrou outros ossos e peças de roupa pertencentes ao menino.

Émile estava passando o verão na casa de seus avós maternos no pequeno vilarejo de Le Haut-Vernet, localizado a 1.200 metros de altitude nos Alpes, quando desapareceu em 8 de julho de 2023. Na última vez em que foi visto com vida, ele estava caminhando por uma das ruas da localidade.

A mãe e o pai de Emile estavam ausentes no dia de seu desaparecimento.

No entanto, a investigação deu uma guinada na manhã desta terça-feira (25) para se concentrar no círculo familiar.

Os avós e dois de seus filhos, os tios do menino, cujas identidades não foram reveladas, foram presos por “homicídio doloso e ocultação do cadáver”, disse o promotor Jean-Luc Blachon.

A presença de investigadores no vilarejo em 13 de março reacendeu as especulações. Os gendarmes apreenderam um grande vaso de plantas colocado na entrada da capela local.

As prisões foram o resultado da investigação dos “últimos meses”, disse o representante do Ministério Público, especificando que a polícia forense estava examinando “vários pontos na área”.

Após a missa fúnebre em fevereiro, os avós emitiram uma declaração dizendo que “o tempo de silêncio deve dar lugar à verdade” e acrescentaram: “Precisamos entender, precisamos saber”.

O desaparecimento de Émile chocou os franceses, especialmente porque relembrou a descoberta do corpo sem vida de Grégory, um menino de quatro anos que também desapareceu, mas em 1984, e permaneceu na memória coletiva do país.

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