Ator da Marvel revela diagnóstico de TOC: “Pensamentos intrusivos”

O ator Will Poulter, 32, falou sobre o processo de viver após o diagnóstico do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo). Ele é conhecido por ter atuado em “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, “As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada” e “Família do Bagulho”.

“O TOC é algo que foi diagnosticado no início da minha adolescência e, quando reflito sobre isso, acho que tive pensamentos intrusivos – que são um dos subtipos do TOC, por assim dizer – e um TOC não diagnosticado quando eu estava consciente do meu amigo imaginário, por exemplo”, reveleou em entrevista ao podcast Happy Place.

“Isso só tinha um tom diferente e geralmente mais imaginativo para uma criança. Lembro-me de ter essa voz na minha cabeça dizendo que, se eu não pisasse em determinadas pedras do caminho até a casa dos meus pais, algo terrível aconteceria com eles”, revelou.

Presente também na série “O Urso” e nos filmes “Mindsommar” (2019) e “O Regresso” (2015), hoje vê o TOC como “interessante”. “Quando eu era mais jovem, era apenas essa voz na minha cabeça, essa figura que rotulei como um personagem negativo na minha vida, e só depois do meu diagnóstico – e, na verdade, muito tempo depois de saber que tinha TOC – olhei para trás e percebi: ‘Ah, era isso que estava acontecendo’.”, afirmou.

Na entrevista, Poulter se definiu como um sortudo por ter tido acesso à terapia na adolescência. “Eu tinha provavelmente 14 anos quando comecei a ter pensamentos obsessivos e intrusivos. Até que fui diagnosticado e recebi essa terapia, achava que estava totalmente sozinho com essa condição – ou nem mesmo condição naquele momento, mas esse jeito de pensar, com esse cérebro ‘defeituoso’. Eu estava apavorado”, analisou.

Por fim, durante o seu depoimento, o ator de Hollywood falou que pretende ajudar outras pessoas com o seu relato. Recentemente, Tuppence Middleton, atriz de “Downton Abbey”, também veio a público para falar sobre a vida com TOC.

“Mesmo quando alguém te diz: ‘Eu também tenho ansiedade, eu também tenho pensamentos intrusivos, eu também tenho TOC’, sei – porque já passei por isso – que 90% das vezes a outra pessoa está pensando: ‘Você tem, mas não como eu’. A distinção entre fato e sentimento é enorme — e um dos aspectos mais cruéis do TOC é que ele distorce completamente essa diferença”, finalizou.

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