Praça dedicada à imigração une cidade de Minas à Itália

SASSOFERRATO, 25 MAR (ANSA) – As cidades de Extrema, em Minas Gerais, e Sassoferrato, em Marcas, na Itália, celebram a relação centenária entre elas com a Praça João Morbidelli, um projeto que homenageia a imigração italiana no município mineiro, aliada ao material que dá nome ao vilarejo “marchegiano”: pedra e ferro.   

A iniciativa leva a assinatura de Giulia Morbidelli de Camargo, arquiteta descendente de Antonio Morbidelli, que ao lado de outros parentes, imigrou ao Brasil em 1901. Seu filho, João Morbidelli, e bisavô de Giulia, fundou em Extrema um dos bairros mais tradicionais da cidade, que leva o sobrenome da família de Sassoferrato, que ao longo do tempo, contribuiu com o desenvolvimento local.   

“O projeto arquitetônico [da Praça João Morbidelli] incorpora elementos da arquitetura italiana, celebrando as heranças culturais e históricas da família italiana”, explica Giulia sobre a ação que homenageia seu bisavô, acrescentando que o conceito da obra é baseado na “arquitetura clássica romana”.   

Após realizar a praça, que também traz um monumento dedicado a seus ancestrais, a ítalo-descendente entrou em contato com o prefeito de Sassoferrato, Maurizio Greci, para reforçar a união entre as cidades.   

“Um elo entre Sassoferrato e Extrema que toma forma através de uma obra extremamente representativa da história da imigração que envolveu muitos de nossos antepassados em um momento de grande crise”, comenta Greci.   

Giulia reforça ainda que a escolha dos materiais foi fundamental para fortalecer a ligação cultural entre a pequena Sassoferrato, com menos de 6 mil habitantes, e o Brasil: “A utilização do aço corten no monumento, aliada ao revestimento de toda a praça em pedra miracema, lembra a cidade de Sassoferrato, cujo nome significa ‘pedra de ferro’”, diz a arquiteta, que complementou o projeto com um jardim também inspirado na tradição italiana. (ANSA).   

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