Minas Gerais lidera, novamente, ranking de trabalho análogo ao escravo, diz Ministério do Trabalho


De acordo com o levantamento divulgado nesta sexta-feira (30), de julho a agosto deste ano, 593 trabalhadores em condições precárias foram resgatados em todo o Brasil; 291 em Minas Gerais. Fiscais em um dos ambientes que trabalhadores viviam em Paracatu, Noroeste de MG
Grupo de Combate ao Trabalho Escravo em Minas Gerais/ Divulgação
Minas Gerais lidera, mais uma vez, o ranking de pessoas resgatadas por trabalho análogo à escravidão. Os dados são do Ministério do Trabalho, Emprego e Renda. De acordo com balanço divulgado nesta sexta-feira (30), dos 593 trabalhadores encontrados nestas condições, entre julho e agosto deste ano, 291 estavam no estado.
Segundo o Governo Federal, o número é 11,65% maior do que o de resgatados em 2023.
Crianças e adolescentes
Durante as fiscalizações em todo o país, crianças e adolescentes também foram encontrados trabalhando em situação análoga à escravidão.
Dos 593 resgatados, 18 eram menores de idade. Segundo a Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais, sete foram encontradas no estado.
Operação Resgate IV realizou ações contra trabalho escravo e tráfico de pessoas em seis municípios de MT.
Polícia Federal

“É preciso cada vez mais padronizar e capacitar esses auditores e além disso ampliar o número desses funcionários. A gente só supera com o apoio da sociedade que deve denunciar. As pessoas não podem olhar apenas para este número mas se indignar com ele”, explicou o superintendente regional do Trabalho de Minas Gerais, Carlos Calazans.
Pacto pelo Trabalho Decente na Agricultura em Minas Gerais
Em outubro, segundo Calazans, será lançado o Pacto pelo Trabalho Decente na Agricultura em Minas Gerais. É uma ação que pretende chamar a atenção para este grave problema no estado. Veja abaixo algumas ações previstas.
Ampla campanha publicitária.
Panfletagem em estradas, postos e rodoviárias.
Envolver prefeituras, Ministério Público (Federal e Estadual) e governo do estado para desenvolver políticas públicas de enfrentamento.
Envolver a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar Rodoviária para auxiliar na fiscalização do transporte desses trabalhadores em rodovias do estado.
Os setores mais problemáticos
O levantamento também aponta os setores do mercado de trabalho onde essas ocorrências são mais frequentes. A agropecuária se destaca em primeiro lugar. (Veja os dados abaixo)
” Em Minas Gerais, é importante ressaltar que nesses números de trabalhadores em situação análoga a escravidão, a maioria também está na agricultura mas tem na área da construção civil, emprego doméstico e na indústria do curtume”, pontuou o superintendente regional do Trabalho de Minas Gerais, Carlos Calazans.
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