Pesquisadores da UFRGS encontram pegada de dinossauro inédita no RS


Fósseis foram achados em Rosário do Sul e aguarda análise no Museu de Paleontologia da UFRGS Rocha inédita mostra pegada de dinossauro em relevo
Acervo da pesquisa/Divulgação.
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) encontraram novas pegadas de quatro grupos de dinossauros, em Rosário do Sul, na Fronteira Oeste do RS. Os achados apontam o segundo registro de Ankylosauria, um grupo de dinossauros herbívoros, quadrúpedes e com membros curtos e poderosos, segundo a universidade.
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De acordo com os pesquisadores, a pegada mais relevante foi localizada em 2018. Nela, é possível identificar o relevo da pegada do dinossauro, sua morfologia de três dedos (dedo 2, dedo 3 e dedo 4) e a marca de uma garra, fatores que, segundo a pesquisa, apontam se tratar de um dinossauro carnívoro.
“Foi muita sorte a nossa encontrar essa rocha. Ela é a principal do artigo e a mais significativa, uma vez que temos poucos registros como esse no Brasil, que remontam ao Período Jurássico brasileiro”, salienta a professora Paula Dentzien Dias Francischini.
Segundo Denner Deiques Cardoso, responsável pela pesquisa, no RS existem rochas de diferentes períodos que surgem em locais diversos e, segundo o pesquisador, o estado possui muito material do Período Triássico e cada vez mais surgem materiais do Jurássico.
“As outras pegadas estão muito erodidas, como se fossem desenhos em 2D, e as morfologias são vistas com menos detalhes. Nesta, conseguimos ver muito bem todo o seu relevo, inclusive a marca de garra, que nem sempre dá pra ver por conta da erosão”, afirma o pesquisador Denner Deiques Cardoso.
Denner e Paula mostram fóssil com pegada em relevo 2D, já erodida.
Nicole Trevisol / Secom-UFRGS.
A descoberta foi registrada no artigo “Pegadas de dinossauros da Formação Guará (Brasil) lança luz sobre a biodiversidade de um deserto úmido do Jurássico Superior na América do Sul”, publicado na revista Journal of South American Earth Sciences e faz parte da pesquisa de doutorado de Denner Deiques Cardoso do Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGGeo).
O trabalho contou com a colaboração dos professores do Instituto de Geociências (Igeo/UFRGS) Paula Dentzien Dias Francischini e Heitor Roberto Dias Francischini, além do egresso da UFRGS e atual professor da Universidade Federal de Uberlândia André Barcelos Silveira.
Pegada da pesquisa remete aos dinossauros do Período Jurássico.
Acervo da pesquisa/Divulgação.
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