Autoridades canadenses e europeias criticam tarifa de Trump sobre carros

Não demorou muito para que autoridades expressassem consternação ante a nova tarifa de 25% sobre as importações de automóveis que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (26).

O premiê de Ontário, Doug Ford, disse em uma publicação no X que o Canadá retaliaria e “precisa permanecer firme, forte e unido”.

Ford acrescentou em comentários à imprensa que as tarifas de Trump acabarão prejudicando os consumidores e trabalhadores norte-americanos, e encorajou o novo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, a revidar duramente.

“Eu não consigo entender como ele pensa, sabe, quando você impõe uma tarifa de 25%, como os americanos não vão sentir a dor, porque eu vou encorajar o primeiro-ministro a mirar também nos carros americanos”, disse Ford.

Flavio Volpe, presidente da Associação de Fabricantes de Peças Automotivas do Canadá, alertou que as tarifas colocarão em risco centenas de milhares de empregos.

“O presidente dos Estados Unidos está decidido a arruinar o setor automotivo americano e seus aliados por razões que ninguém ainda conseguiu entender”, disse Volpe à CNN Internacional, acrescentando que se Trump está “determinado a nos levar ao limite, ele vai empurrar um milhão de trabalhadores automotivos americanos conosco”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ecoou a crença de Ford de que as tarifas prejudicarão os norte-americanos, embora ela não tenha prometido nenhuma retaliação ainda.

A UE anunciou tarifas retaliatórias em resposta às tarifas de aço e alumínio que Trump impôs no início deste mês, mas o bloco europeu adiou na esperança de um acordo negociado.

“Lamento profundamente a decisão dos EUA de impor tarifas sobre as exportações automotivas da UE”, disse von der Leyen em um post no X.

“Tarifas são impostos — ruins para as empresas, piores para os consumidores, nos EUA e na UE. A UE continuará a buscar soluções negociadas, ao mesmo tempo em que salvaguarda seus interesses econômicos.”

Com informações de Paula Newton e Max Saltman, da CNN Internacional

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