Veja quais linhas da CPTM serão leiloadas pelo governo de São Paulo

O Governo de São Paulo, através da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), realizará o leilão do Lote Alto Tietê, nesta sexta-feira (28), a partir das 16h, na B3, em São Paulo. 

O lote inclui a concessão das Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade de trens. O projeto prevê investimentos de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos. A concessão visa melhorias operacionais, estruturais e tecnológicas para os passageiros.

PM e manifestantes entram em confronto em ato contra leilão da CPTM em SP | CNN 360º

A concessão prevê a construção de oito novas estações e a reforma de 24 estações existentes. Além disso, todas as passagens em nível serão eliminadas e substituídas por passarelas, viadutos ou passagens subterrâneas. A modernização inclui investimentos na rede aérea, via permanente e sinalização, além da implantação de novos equipamentos e sistemas.

Até 2040, a previsão é que as três linhas transportem juntas 1,3 milhão de passageiros por dia em média. A concessão permitirá a redução do intervalo entre trens, garantindo uma operação mais eficiente.

O novo contrato inclui um programa de investimentos iniciais e uma fase de transição operacional de 24 meses. Esta fase prevê treinamentos e operação assistida da concessionária para garantir uma migração eficiente da CPTM para a nova gestão. O projeto também contempla estudos para resiliência climática e eventos climáticos extremos.

A Linha 11-Coral terá intervalo reduzido para 3 minutos entre Palmeiras-Barra Funda e Suzano. A Linha 12-Safira terá intervalo reduzido para 3 minutos e 15 segundos entre Brás e Itaquaquecetuba. A Linha 13-Jade terá seu intervalo reduzido para 10 minutos. As linhas também serão expandidas, com a Linha 11-Coral chegando até a Estação Cezar de Souza e a Linha 12-Safira até Suzano.

Impacto econômico

O projeto impacta socialmente a Zona Leste e regiões metropolitanas, onde vivem mais de 4,6 milhões de pessoas. A expectativa é criar mais de 15 mil empregos diretos e indiretos. A concessão visa ampliar a oferta de transporte público de qualidade, reduzindo o tempo de deslocamento dos passageiros.

A concessão deve gerar empregos em áreas como construção civil, manutenção e operação ferroviária. Durante as obras, haverá contratações para ampliação da infraestrutura, reforma de estações e modernização dos sistemas. A operação plena das linhas abrirá vagas para gestão e manutenção.

O investimento fortalecerá a cadeia produtiva do setor ferroviário, beneficiando fornecedores de equipamentos, materiais e serviços. As melhorias no transporte beneficiarão trabalhadores e estudantes, reduzindo o tempo de deslocamento e ampliando o acesso a oportunidades. A expansão da Linha 13-Jade beneficiará moradores de Guarulhos, facilitando o acesso ao aeroporto e ao centro de São Paulo.

Com um modelo de concessão patrocinada, que inclui aportes do governo estadual e pagamento por disponibilidade, a licitação do Lote Alto Tietê tem atraído interesse de players nacionais e internacionais. O governo promoveu encontros com investidores em países como França e Itália, além de prospectar o mercado asiático.

Confronto em ato contra leilão da CPTM em SP

A Polícia Militar de São Paulo entrou em confronto com manifestantes que protestavam contra a privatização de linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na tarde desta quinta-feira (27) no centro da capital paulista. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram manifestantes feridos no conflito.

A manifestação contou com a participação do Movimento de Mulheres Olga Benário, do partido Unidade Popular (UP), militantes da União da Juventude Rebelião (UJR), estudantes do Movimento Correnteza, entre outros movimentos, que aderiram ao protesto contra o leilão da do Lote Alto Tietê, que inclui as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, marcado para esta sexta-feira (28), na sede da B3, em São Paulo.

Em nota enviada à CNN, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil informou que não convocou assembleia e nem cedeu espaço para quaisquer movimentos falar em nome da categoria. Embora não tenha participado do ato, a entidade reafirma sua posição contrária à privatização e lamenta o desfecho violento da manifestação.

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