Ex-primaz da Igreja da Inglaterra admite ter ‘se equivocado’ em caso de abuso sexual infantil

Justin Welby, ex-primaz da Igreja da Inglaterra que renunciou em novembro devido à forma como lidou com um caso de abuso sexual infantil, admitiu em uma entrevista que se “equivocou”.

Welby renunciou após um relatório concluir que ele não denunciou prontamente um agressor que abusou de mais de 130 crianças e jovens ao longo de décadas.

“Todos os dias, chegavam à minha mesa novos casos que não tinham sido tratados adequadamente no passado”, disse Webly em um programa da BBC que será transmitido no domingo.

“Foi avassalador. Estávamos tentando estabelecer prioridades, mas acho que era mais fácil ficar na defensiva”, ele explicou à jornalista Laura Kuenssberg, admitindo que “se equivocou”.

“Como arcebispo, não pode haver desculpas”, disse ele.

Após sua renúncia, ele foi temporariamente substituído no cargo pelo arcebispo de York, Stephen Cottrell.

O agressor, um advogado ligado à Igreja da Inglaterra, morreu em 2018 na África do Sul sem nunca ter sido responsabilizado.

Esta igreja, cujo líder supremo é o rei Charles III, tem vinte milhões de fiéis batizados, mas o número de praticantes regulares é estimado em pouco menos de um milhão, de acordo com dados de 2022.

O futuro chefe da Igreja da Inglaterra será nomeado por Charles III após um longo processo de seleção, e seu nome não será conhecido até o final do ano, de acordo com a mídia britânica.

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