Americana é libertada por talibãs no Afeganistão

Uma mulher americana foi libertada pelos talibãs no Afeganistão após ter sido presa no início do ano junto com dois britânicos e seu tradutor afegão, informou o ex-enviado de Washington Zalmay Khalizad neste sábado (29).

“A cidadã americana Faye Hall acaba de ser libertada pelos talibãs. Está em Cabul sob cuidados dos nossos amigos cataris, e irá para casa em breve”, declarou Khalizad em mensagem no X.

O ex-enviado americano também publicou uma foto da mulher sorrindo ao lado dos delegados cataris.

“Hall foi recebida na embaixada catari em Cabul, onde foram realizados exames médicos que confirmaram que ela se encontra em bom estado de saúde”, disse uma fonte próxima à AFP.

Hall, que também tem a nacionalidade chinesa, foi presa em fevereiro junto com Peter e Barbie Reynolds, um casal britânico na casa dos 70 anos.

A prisão ocorreu quando eles estavam a caminho da casa dos Reynolds em Bamiyan.

Os talibãs se negaram a explicar as razões de sua prisão.

A filha dos britânicos expressou sua preocupação com a saúde de seu pai e pede a liberação dos dois.

Os Reynolds se casaram em Cabul nos 1970 e permaneceram no país depois da volta dos talibãs em 2021, quando a embaixada britânica retirou seu corpo diplomático. Desde 2009, eles desenvolvem programas educativos.

Khalizad esteve em Cabul no início do mês, acompanhado do atual enviado americano, Adam Boehler, em uma das poucas visitas de funcionários dos Estados Unidos.

Pouco depois, o governo dos talibãs anunciou a libertação do cidadão americano George Glezmann, que ficou preso por dois anos, graças à mediação do Catar.

Em janeiro, outros dois americanos – Ryan Corbett e William McKenty – foram libertados em troca do combatente afegão Khan Mohammed, condenado nos Estados Unidos por narco-terrorismo.

Ainda resta pelo menos um americano preso no Afeganistão: Mahmood Habibi.

O governo dos talibãs não é reconhecido por nenhum país, mas várias nações, entre elas Rússia, China e Turquia, mantêm suas embaixadas abertas em Cabul.

Depois da eleição do presidente americano Donald Trump, o governo de Cabul expressou sua esperança de que se abra um “novo capítulo” na relação com Washington.

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