Mulher americana agradece a Trump após ser libertada por talibãs no Afeganistão

Uma mulher americana libertada pelos talibãs no Afeganistão comemorou sua soltura em um vídeo difundido neste sábado (29) pelo presidente Donald Trump, no qual ela o agradece por ter ajudado na operação.

Em vídeo compartilhado na rede Truth Social de Trump, Faye Hall aparece com um sorriso, aparentemente em bom estado de saúde, e diz: “Obrigado por me trazer para casa.”

Hall, que também tem nacionalidade chinesa, foi presa em fevereiro junto com Peter e Barbie Reynolds, um casal britânico na casa dos 70 anos. Os três estavam a caminho da casa dos Reynolds na província de Bamiyan.

Sua libertação foi anunciada neste sábado pelo ex-enviado de Washington Zalmay Khalilzad em mensagem na rede X: “A cidadã americana Faye Hall acaba de ser libertada pelos talibãs. Está em Cabul sob cuidados dos nossos amigos cataris, e irá para casa em breve.”

O ex-enviado americano também publicou uma foto da mulher sorrindo ao lado dos delegados cataris.

No vídeo publicado na Truth Social, Faye Hall acrescenta: “Quero que você saiba, todas as mulheres na prisão afegã me perguntam: ‘Quando Trump vem?’ Você, na realidade, é visto por elas como um salvador. Estão esperando que você vá e as liberte.”

Em uma mensagem que acompanha o vídeo, Donald Trump responde: “Obrigado Faye – Me sinto muito honrado por suas palavras!”

Os talibãs se negaram a explicar as razões de sua prisão. A filha dos britânicos expressou preocupação com a saúde de seu pai e pede a liberação dos dois.

Os Reynolds se casaram em Cabul nos 1970 e permaneceram no país depois da volta dos talibãs ao poder em 2021, quando a embaixada britânica retirou seu corpo diplomático. Desde 2009, eles desenvolvem programas educativos no país.

Khalizad esteve em Cabul no início do mês, acompanhado do atual enviado americano, Adam Boehler, em uma das poucas visitas de funcionários dos Estados Unidos à nação asiática.

Pouco depois, o governo dos talibãs anunciou a libertação do cidadão americano George Glezmann, que ficou preso por dois anos, graças à mediação do Catar.

Em janeiro, outros dois americanos – Ryan Corbett e William McKenty – foram libertados em troca do combatente afegão Khan Mohammed, condenado nos Estados Unidos por narcoterrorismo.

Ainda resta pelo menos um americano preso no Afeganistão: Mahmood Habibi.

O governo dos talibãs não é reconhecido por nenhum país, mas várias nações, entre elas Rússia, China e Turquia, mantêm suas embaixadas abertas em Cabul.

Depois da reeleição de Donald Trump, o governo de Cabul expressou sua esperança de que se abra um “novo capítulo” na relação com Washington.

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