Tropa de elite e casado com juíza: veja quem era policial morto no Rio

O policial civil João Pedro Marquini, morto na noite deste domingo (30) na Serra da Grota Funda, na zona oeste do Rio, fazia parte da tropa de elite da corporação, a Coordenaria de Recursos Especiais (CORE). A unidade atua em situações de alto risco, como resgate de reféns, incursões em áreas de risco, gerenciamento de crises e apoio às delegacias.

Segundo a Polícia Civil, a CORE surgiu em 1969, quando ainda se chamava Grupo de Operações Especiais (GOE). Na época, duas turmas de policiais civis receberam treinamento de forças especiais do Exército para combater, principalmente, crimes cometidos com o uso de bombas, um dos mais comuns da década.

Atualmente a CORE possui seis veículos blindados e engloba serviços como o Esquadrão Antibomba, que atende cerca de quatro ocorrências por dia, e operações com cães. Esse núcleo tem 13 cães altamente treinados.

Marquini também era casado com a juíza Tula Corrêa de Mello há pouco mais de um ano. Tula é uma das quatro magistradas que presidem tribunais do júri no Rio de Janeiro e foi uma das responsáveis pelo caso da juíza Patrícia Acioli.

O tribunal do júri julga crimes dolosos contra a vida, como homicídio, aborto, infanticídio e suicídio. É um tribunal popular, formado ainda por jurados sorteados entre cidadãos alistados.

Presidente do III Tribunal do Júri do Rio, Tula também é doutora em Direitos Fundamentais e Novos Direitos e mestre em Ciências Penais e Criminologia. A mulher ainda se descreve como uma profissional com forte atuação na defesa da igualdade de gênero e da prevenção à violência contra as mulheres.

Marquini não mantinha perfil nas redes sociais, mas através da página de Tula em uma das redes, é possível acompanhar diversos momentos de intimidade do casal, como uma viagem que os dois fizeram em março deste ano para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Tula também registrava declarações ao marido.

“Amo nossa família, nossos filhos e filhas, nossos sonhos, nossos defeitos, nossos projetos, nossa vocação, nossos momentos. Amo a gente”, afirmou a viúva em uma das publicações.

João Pedro Marquini tinha 38 anos e foi morto enquanto passava pela Serra da Grota Funda, na zona oeste do Rio. Ele foi atingido por criminosos que seriam da comunidade César Maia, em Vargem Pequena, na mesma região. Tula estava em um outro carro blindado, que também foi atingido pelos disparos, mas a mulher não se feriu.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o caso. Após o crime, a CORE realiza diligências na favela para tentar identificar e prender os responsáveis pela morte do agente. Ainda não há informações sobre enterro.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Tropa de elite e casado com juíza: veja quem era policial morto no Rio no site CNN Brasil.

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