Itália bate recorde negativo de natalidade e vê diáspora crescer

ROMA, 31 MAR (ANSA) – A Itália registrou mais uma queda na taxa de fecundidade e contabilizou apenas 370 mil nascimentos em 2024, menor número de sua história e que representa uma redução de 2,6% na comparação com 2023, que detinha o recorde negativo anterior.   

Os dados estão em um relatório demográfico divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Instituto Nacional de Estatísticas (Istat) e confirmam a tendência de diminuição populacional que é considerada um dos principais desafios do país pelo governo da premiê Giorgia Meloni.   

De acordo com o Istat, a Itália teve uma taxa de fecundidade de 1,18 filho por mulher em 2024, superando o mínimo histórico de 1,19, registrado em 1995. Naquele ano, no entanto, ocorreram 526 mil nascimentos, uma vez que a população era maior.   

Com 651 mil óbitos no ano passado (-3,1%), o país apresentou um saldo natural negativo de -281 mil pessoas.   

Outro dado preocupante é o aumento de 20,5% no número de habitantes que se mudaram para o exterior, que totalizou 191 mil em 2024, segundo o Istat. Quando se considera apenas os cidadãos italianos (156 mil), o crescimento foi ainda mais expressivo, de 36,5%.   

Por outro lado, a concessão de cidadania para estrangeiros residentes na Itália atingiu um novo recorde, com 217 mil, contra 214 mil do ano anterior.   

Em 1º de janeiro de 2025, a população imigrante no país era formada por 5,422 milhões de indivíduos, um aumento de 169 mil (+3,2%) em um ano. Atualmente, 9,2% dos habitantes do “Belpaese” são estrangeiros. Já a população de cidadãos italianos sofreu queda de 3,8% (-206 mil pessoas), para 53,512 milhões.   

Uma projeção recente do Instituto Nacional de Estatística apontou que a Itália pode perder 11,5 milhões de habitantes até 2070, o que significaria uma redução populacional de 20% em menos de meio século. (ANSA).   

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