O Irã criticou Donald Trump ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira (31) sobre comentários “imprudentes e provocativos” do presidente dos EUA, descrevendo-os como “uma violação flagrante do direito internacional” e da Carta das Nações Unidas.
Trump ameaçou o Irã no domingo (30) com bombardeios e tarifas secundárias se Teerã não chegasse a um acordo com Washington sobre seu programa nuclear.
Em uma carta, vista pela Reuters, o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, escreveu que o governo iraniano “adverte fortemente contra qualquer aventura militar e responderá rápida e decisivamente a qualquer ato de agressão ou ataque dos Estados Unidos ou de seu aliado, o regime israelense, contra sua soberania, integridade territorial ou interesses nacionais”.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, também disse nesta segunda-feira (31) que os EUA receberiam um “golpe recíproco” se agissem segundo a ameaça do presidente Donald Trump.
Na semana passada, o Irã respondeu à carta dos EUA, com o presidente Masoud Pezeshkian explicando que Teerã não entraria em negociações diretas com Washington, mas estava disposto a continuar as negociações indiretamente, conforme uma liminar de Khamenei.
Em seu primeiro mandato, Trump retirou os EUA de um acordo de 2015 entre o Irã e as potências mundiais que impôs limites rígidos às atividades nucleares disputadas de Teerã em troca de alívio de sanções. Trump também reimpôs sanções abrangentes dos EUA.
Desde então, o Irã ultrapassou os limites desse acordo sobre enriquecimento de urânio.
As potências ocidentais acusam o Irã de ter uma agenda clandestina para desenvolver armas nucleares por meio do enriquecimento de urânio a um alto nível de pureza, acima do que eles dizem ser justificável para um programa de energia atômica civil.
Teerã diz que seu programa nuclear é totalmente para fins de energia civil.
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