Técnica brasileira se destaca no futsal italiano e mira seleção

SÃO PAULO, 1 ABR (ANSA) – Por Renan Tanandone – Eleita como melhor técnica de futsal feminino na Itália, a brasileira Cely Gayardo tem chamado atenção no país europeu por seu bom trabalho no comando da Roma e sonha em treinar a seleção verde e amarela ou quem sabe até uma equipe masculina.   

Natural de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, Gayardo defendeu alguns times italianos no decorrer da carreira como jogadora e iniciou a trajetória como treinadora em 2022, obtendo rapidamente importantes resultados.   

“Receber o reconhecimento como melhor treinadora da liga foi muito especial, pois aconteceu apenas no meu segundo ano de carreira. Esse prêmio também valorizou muito o trabalho realizado pela equipe no ano passado. Apesar de não ter conquistado títulos, foi como coroar o desempenho que apresentamos em quadra”, disse a brasileira, que é descendente de italianos, em entrevista à ANSA. Uma potência no futebol de campo na Itália, a Roma não tem vínculo com o time de futsal liderado por Gayardo, mas a treinadora de 36 anos afirmou que representar o escudo giallorosso é “muito diferente”. Atualmente, a equipe está na Série B e busca subir para a primeira divisão.   

“Existe uma grande pressão para treinar essa equipe, pois o clube tem grandes ambições de conquistar o acesso à Série A ainda neste ano e, se isso acontecer, poder competir com as principais equipes da categoria já na próxima temporada”, afirmou a jovem técnica.   

O bom momento do time da capital italiana e a premiação conquistada podem abrir portas para Gayardo, que sonha em, mais para frente, alcançar a seleção brasileira e liderar um time masculino na modalidade.   

A treinadora avaliou que o Brasil está atualmente “em boas mãos” com o técnico Wilson Sabóia e que ainda é “muito cedo” para que essa meta seja concretizada, mas admitiu que vem se preparando para estar pronta caso seja necessário.   

Em relação ao futsal masculino, Gayardo contou que foi consultada recentemente para ser auxiliar de um clube da Série A e treinar simultaneamente o time “B”, mas resolveu permanecer no projeto giallorosso, definido por ela como “ambicioso”.   

“Embora eu acredite que haja certa resistência em equipes masculinas serem treinadas por mulheres, especialmente aqui na Itália, recebi uma ligação de um time masculino. Fico feliz em saber que estão considerando meu nome para esse cargo, mas essa transição terá que esperar”, declarou.   

A Roma de Gayardo está na liderança do grupo C da Série B, com três pontos de vantagem sobre o vice. O time campeão da chave sobe diretamente para a Série A, sem necessidade de disputar os playoffs. Os giallorossi também possuem um time masculino de futsal que disputa a primeira divisão da modalidade. (ANSA).   

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