PF investiga contrabando de eletrônicos no Pará e Piauí

A Polícia Federal (PF) realiza nesta quarta-feira (2) uma grande operação contra uma organização criminosa suspeita de contrabandear aparelhos eletrônicos e cometer lavagem de dinheiro, nos estados do Pará e Piauí.

O trabalho é realizado em conjunto com a Receita Federal e a operação, nomeada “SIN TAX”, conseguiu identificar que os criminosos estavam realizando o descaminho dos produtos — o que consiste em burlar o pagamento de impostos.

No total, 11 mandados de busca e apreensão são cumpridos, sendo dez em Belém, na capital do Pará, e um em Teresina, capital do Piauí. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 6,4 milhões dos investigados.

Como funcionava o esquema

A PF revelou que a organização criminosa atuava em todos os processos, desde a importação clandestina, até o transporte, depósito e comercialização dos materiais.

Os produtos variavam entre drones e celulares de alto custo. Após serem importados de outros países, as mercadorias entravam no Brasil de forma ilegal e eram vendidas em cinco lojas, sendo quatro em Belém e um em Teresina, incluindo shopping centers.

Os agentes identificaram altos padrões de sonegação fiscal e indícios de lavagem de capitais, como a constituição de empresas com sócios sem lastro econômico-fiscal, sendo todas vinculadas ao líder da organização.

O caso é um desdobramento de duas ações da Polícia Federal: a Operação Mercador Fenício, realizada em novembro de 2022, e uma prisão em flagrante realizada em dezembro de 2023, onde um homem foi preso em flagrante no Aeroporto Internacional de Belém tentando entrar no Brasil com diversos aparelhos eletrônicos sem documentação devida.

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