Itamaraty saúda eleição pacífica na Venezuela, mas diz aguardar envio de dados

O Ministério das Relações Exteriores afirmou nesta segunda-feira (29) que “saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração”.

Na nota, o Itamaraty ainda “reafirma o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”. E finaliza afirmando que aguarda, “a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

O governo publicou a nota em meio à pressão internacional e interna da oposição venezuelana por um posicionamento brasileiro em relação ao anúncio do Conselho Nacional Eleitoral, que declarou Nicolás Maduro vencedor da eleição presidencial na madrugada desta segunda-feira.

Já o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que “o governo brasileiro continua acompanhando o desenrolar dos acontecimentos para poder chegar a uma avaliação baseada em fatos”. E, num comunicado divulgado à imprensa, disse que não vai “endossar nenhuma narrativa de que houve fraude. É uma situação complexa e nós queremos apoiar a normalização do processo politico venezuelano”.

 

Órgão eleitoral declara vitória de Maduro

No início da madrugada desta segunda-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou que Maduro teve apoio de 51,2% dos eleitores que compareceram às urnas — foram 5.150.092 votos. O principal opositor na disputa, Edmundo González, teve 44,2% — 4.445.978 votos.

Com o resultado, Maduro será reconduzido para um novo mandato de seis anos — de janeiro de 2025 a janeiro de 2031.

A oposição não reconheceu o resultado e afirmou que o candidato Edmundo González foi o real vencedor do pleito. O grupo, liderado por María Corina Machado ainda afirmou que não teve acesso amplo às atas das urnas de votação.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Itamaraty saúda eleição pacífica na Venezuela, mas diz aguardar envio de dados no site CNN Brasil.

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