O diretor da Agência de Inteligência Americana (NSA) foi despedido na quinta-feira devido à sua “deslealdade” com Donald Trump, afirma uma influencer que se reuniu com o presidente americano pouco antes de ele anunciar a destituição.
Essa ativista pediu ao presidente americano que destituísse Timothy Haugh durante um encontro na Casa Branca na quarta-feira, segundo vários veículos americanos.
“O diretor da NSA, Tim Haugh, e sua vice-diretora, Wendy Noble, demonstraram deslealdade ao presidente Trump. Por isso foram despedidos”, escreveu Laura Loomer no X.
Ela criticou o primeiro por ter sido indicado para esse cargo pela administração do ex-presidente democrata Joe Biden.
“Como a NSA é possivelmente a agência de inteligência mais poderosa do mundo, não podemos permitir que uma pessoa designada por Biden ocupe esse posto”, acrescentou Loomer.
Donald Trump reconheceu na quinta-feira que escutou a influencer, a quem qualificou de “grande patriota”.
“Ela faz recomendações e, às vezes, escuto essas recomendações”, disse. “Ela sempre tem algo a dizer e normalmente é construtivo”, acrescentou.
O general Haugh, que também dirigia o comando cibernético do Pentágono, assumiu o cargo de diretor da NSA há pouco mais de um ano.
O anúncio de sua saída provocou indignação entre vários congressistas americanos.
“Em um momento em que os Estados Unidos enfrentam ameaças cibernéticas sem precedentes (…), como é possível que sua demissão aumente a segurança dos americanos”, perguntou no X Mark Warner, um democrata do Comitê de Inteligência do Senado.
Na mesma plataforma, o congressista republicano Don Bacon elogiou um “líder excepcional que estava fazendo um trabalho extraordinário”.
Desde que voltou ao poder em janeiro, Donald Trump lançou uma ampla reorganização do Exército, que inclui a demissão do chefe do Estado-Maior, Charles Brown.
Laura Loomer suscita desconfiança até mesmo entre os partidários de Trump, como se viu durante a campanha eleitoral, quando a influencer afirmou que se a ex-vice-presidente democrata Kamala Harris ganhasse as eleições “a Casa Branca teria cheiro de curry”, referindo-se às origens indianas da democrata.
Loomer se descreve como “jornalista investigativa”, mas muitos dos seus críticos a acusam de ser racista, homofóbica, transfóbica e islamofóbica. É conhecida por suas subidas de tom que agitam as redes sociais.
Ela disse que o islã era “um câncer”, que o 11 de setembro foi o resultado de uma “conspiração interna” e, até mesmo, que Biden esteve por trás da tentativa do assassinato de Donald Trump em julho.
Nada disso lhe impediu de manter uma boa relação com Trump, que a defendeu, chamando-a de um “espírito livre”.
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