França se opõe ao deslocamento forçado de habitantes de Gaza

O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou nesta segunda-feira (7) no Cairo que se opõe veementemente a qualquer deslocamento forçado de palestinos e também à anexação de Gaza ou da Cisjordânia.

Macron chegou ao Egito na noite de domingo para uma visita de 48 horas dedicada principalmente à guerra em Gaza entre Israel e o Hamas, que completou 18 meses nesta segunda-feira.

“Nos opomos veementemente ao deslocamento de populações e a qualquer anexação de Gaza e da Cisjordânia”, ocupadas por Israel desde 1967, declarou Macron.

“Seria uma violação do direito internacional e uma grave ameaça à segurança de toda a região, incluindo Israel”, acrescentou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocou comoção internacional em fevereiro quando propôs deslocar os palestinos de Gaza para o Egito e a Jordânia, transformando o território na “Riviera do Oriente Médio”.

Macron também expressou o apoio da França ao plano árabe para a reconstrução de Gaza, concebido como uma resposta ao plano de Trump. Esta iniciativa, preparada pelo Egito, não prevê o deslocamento de habitantes de Gaza.

No entanto, Paris acredita que o plano deve ser “ainda mais reforçado”, particularmente no que diz respeito à “segurança” e “governança” do território palestino, para tranquilizar os americanos.

Os países árabes preveem um retorno progressivo da Autoridade Palestina, no lugar do Hamas, que governa Gaza desde 2007.

Junto com seu colega egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, o presidente francês declarou que o Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, “não deve mais ter nenhum papel” na governança do território palestino de 2,4 milhões de habitantes.

Além disso, ambos os líderes exigiram “um retorno imediato ao cessar-fogo” e a retomada da ajuda humanitária para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza.

A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, lançado da vizinha Faixa de Gaza.

Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma poderosa ofensiva em retaliação.

Após uma trégua de dois meses, as operações militares israelenses foram retomadas em 18 de março, constituindo, segundo Emmanuel Macron, um “retrocesso dramático”.

fff-iba/bfi/meb/zm/jc/aa/dd

Adicionar aos favoritos o Link permanente.