Presidente de empresa de ônibus suspeita de elo com PCC é preso novamente

O presidente afastado da empresa de ônibus UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, foi preso na noite desta segunda-feira (7), após se entregar na Delegacia do Itaim Paulista, na zona Leste de São Paulo.

A prisão preventiva do homem, de 54 anos, havia sido decretada pela Justiça. Ubiratan é investigado por suspeita de organização criminosa e lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção do estado.

Após a prisão, Ubiratan foi encaminhado ao 63º Distrito Policial (Vila Jacuí), permanece detido e aguarda audiência de custódia. A CNN tenta contato com o advogado de defesa do homem.

De acordo com os dados da investigação, a lavagem de dinheiro era feita pela empresa presidida por ele. A UPBus já havia sido alvo de intervenção da Prefeitura de São Paulo após uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP).

A Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, rompeu o contrato com a empresa em processo que começou no final de 2024. A UPBus foi proibida de prestar serviço a partir de janeiro.

Em contato com a CNN, a UPBus diz que não pode comentar sobre o caso, pois está sob intervenção da SPTrans. Também foi solicitado posicionamento da administradora do sistema de transporte coletivo da cidade.

Outras prisões

Ubiratan Antônio da Cunha foi preso no dia 16 de julho de 2024. Ele era um dos alvos da Operação Fim da Linha, em São Paulo. A ação policial investigava a ligação de empresas de ônibus da capital paulista com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Por ordem da Justiça, Cunha havia sido proibido de frequentar a sede da empresa e de ter contato com outros réus ou com membros da cooperativa.

Mas, no dia 5 de junho, a Polícia Civil foi procurada por integrantes da cooperativa sucedida pela UPBus, relatando que teriam sido expulsos por ele da sede da empresa. Depois disso, o Ministério Público ainda descobriu que, naquela mesma semana, Cunha teria procurado o interventor que foi nomeado pela prefeitura para administrar a UPBus. “O interventor nomeado pelo município foi atraído por funcionários da UPBus sob o pretexto de tomarem um café em um estabelecimento nas redondezas da garagem. O dirigente esperava por ele no local, em afronta à decisão judicial”, diz a nota do Ministério Público.

No dia 20 de dezembro, Ubiratan foi preso novamente em uma ação em conjunto entre a PM de São Paulo e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (GAECO).

Segundo a polícia, a prisão aconteceu por “utilização da empresa concessionária de transporte público municipal UPBUS QUALIDADE EM TRANSPORTES S.A. para ocultar e dissimular a origem ilícita do produto e do proveito dos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, roubo, dentre outros correlatos.”

Este conteúdo foi originalmente publicado em Presidente de empresa de ônibus suspeita de elo com PCC é preso novamente no site CNN Brasil.

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