A presidência da Câmara Municipal de São Paulo criou um novo grupo de WhatsApp para reunir os 55 vereadores na nova legislatura nesta segunda-feira, 7, quatro meses após a posse. O nome escolhido, “Câmara de SP Oficial 2025/2028”, deixa claro que ele se destina aos parlamentares eleitos no ano passado, o que não inclui o ex-vereador Milton Leite (União Brasil), administrador do antigo grupo que ainda se mantém ativo.
A mensagem de boas-vindas da nova presidência, formada por Ricardo Teixeira (União) e João Jorge (MDB) – que também são os administradores do grupo -, informa que além dos vereadores, também foram incluídos os suplentes e os parlamentares licenciados, à frente de secretarias da gestão de Ricardo Nunes (MDB).
“Este é o nosso grupo oficial de WhatsApp com todos os 55 vereadores, mais os dois colegas afastados para secretarias municipais [Rodrigo Goulart (PSD), em Desenvolvimento Econômico e Trabalho, e Sidney Cruz (MDB), na Habitação]”, escreveu Jorge em mensagem que inaugurou o grupo.
Ex-presidente da Casa, Milton Leite decidiu, no ano passado, não se candidatar a mais um mandato após quase 30 anos na Câmara. Apesar de ainda ter influência, Leite não conseguiu emplacar seu ex-chefe de gabinete Silvão Leite (União Brasil) para a presidência, e após resistência de Nunes e dos vereadores, concordou com a indicação de Teixeira, outro de seus aliados.
De acordo com vereadores que falaram reservadamente com o Estadão, o antigo grupo criado por Leite se chama “política/futebol”, e os novos eleitos em outubro do ano passado foram sendo incluídos. Hoje, o grupo conta com 63 membros, e as comunicações permaneceram nele mesmo com a mudança de legislatura. Outros vereadores da legislatura passada, como Juliana Cardoso (PT), Alfredinho (PT), Antonio Donato (PT) e Atílio Francisco (Republicanos), também estão no grupo de Leite.
Após a criação do grupo oficial nesta segunda, houve questionamentos no antigo canal de comunicação. “A resposta foi ‘quem quiser ficar, fica, e quem quiser sair, sai’”, disse um vereador. Procurado pelo Estadão, o ex-presidente da Câmara não comentou o assunto.