As exportações brasileiras de ovos registraram crescimento em março deste ano, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O aumento foi de 342% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, com um total de 3.770 toneladas de ovos in natura e processados sendo embarcadas. Este número contrasta fortemente com as 853 toneladas exportadas em março de 2024. Além disso, a receita das exportações também apresentou um salto significativo, crescendo 383% e passando de 1,790 milhão de dólares para mais de 8,6 milhões de dólares. No acumulado do ano, de janeiro a março, as exportações brasileiras de ovos somaram 8.654 toneladas, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, representando um crescimento de 116%.
O faturamento alcançou US$ 17,7 milhões. Os Estados Unidos destacaram-se como o principal comprador, adquirindo mais de 2.700 toneladas de ovos brasileiros no primeiro trimestre de 2025, um aumento de mais de 340%. Esse crescimento está relacionado à recente abertura do mercado norte-americano para o produto brasileiro destinado ao termoprocessamento. A alta nas exportações para os Estados Unidos foi impulsionada por surtos de gripe aviária que afetaram a produção local, resultando em escassez de ovos e aumento dos preços. Com dificuldades no abastecimento, o país recorreu a novos fornecedores, como o Brasil.
No mercado interno, a alta demanda internacional, aliada ao aumento nos custos de produção, levou à elevação dos preços dos ovos em algumas regiões brasileiras, com a dúzia chegando a ficar até 15% mais cara. Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, a expansão das exportações é uma conquista importante para o setor, que não compromete o abastecimento interno e contribui para a valorização do segmento no mercado internacional. O Brasil consolida, assim, sua posição como fornecedor global no mercado de ovos, um setor que até pouco tempo tinha presença tímida no comércio exterior.
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