Família denuncia estudantes de medicina que ironizaram paciente transplantada

A família de Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, fez uma denúncia junto ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo) nesta terça-feira, 8, contra duas estudantes de medicina que ironizaram a jovem por ela ter feito três transplantes de coração e um de rim em um vídeo compartilhado nas redes sociais. A paciente morreu por insuficiência renal dias após a publicação das imagens.

De acordo com o programa “Primeiro Impacto”, do “SBT News”, um amigo de Vitória viu o vídeo e percebeu a semelhança da história contada pelas estudantes com a da jovem. Após tomarem conhecimento das imagens, familiares protocolaram uma notícia de fato relatando o ocorrido na promotoria de Justiça de Direitos Humanos do MP-SP.

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Confira o vídeo:

O vídeo postado pelas estudantes Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano foi apagado das redes sociais. Nas imagens, as duas contam um pouco da história da jovem e a culpam por um dos três transplantes não ter dado certo.

“A segunda vez, ela transplantou, aí ela não tomou os remédios que ela precisava tomar, o corpo meio que rejeitou e teve que transplantar de novo por um erro dela”, afirmou uma das estudantes. “Essa menina está achando que tem sete vidas”, ironizou a outra.

Em contato com a IstoÉ, a FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) informou que as duas são graduandas de outras instituições de ensino e estavam no InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP) em função de um curso de extensão. “Atualmente não possuem qualquer vínculo acadêmico”, afirmou.

A faculdade acrescentou que as universidades em que as estudantes cursam medicina foram notificadas do fato para que possam “tomar as providências cabíveis”. “Internamente, a FMUSP está tomando medidas adicionais para reforçar junto aos participantes de cursos de extensão as orientações formais sobre conduta ética e uso responsável das redes sociais”, concluiu.

A IstoÉ não conseguiu localizar um contato para obter posicionamento das estudantes Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano. O espaço segue aberto para manifestação.

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