Nesta quarta-feira (9), os Estados Unidos implementaram novas sanções direcionadas a entidades e a um indivíduo associado ao programa nuclear do Irã, antes do início de negociações sobre o assunto. O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou a penalização de cinco entidades e uma pessoa, todas ligadas ao apoio de grupos que operam o programa nuclear iraniano. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, destacou que a busca do Irã por armas nucleares representa uma séria ameaça à segurança global.
As sanções têm cinco alvos, sendo que três estão ligados com a Organização de Energia Atômica do Irã e duas da Companhia de Tecnologia de Centrífugas do país. O indivíduo sancionado está vinculado a uma empresa que fornece componentes para a Companhia de Tecnologia de Centrífugas. O Departamento de Estado dos EUA reafirmou que responsabilizará aqueles que colaboram com o programa nuclear iraniano.
Embora o Irã defenda que seu programa nuclear tem fins pacíficos, governos ocidentais o acusam de estar em busca de desenvolver armas nucleares. O chanceler iraniano Abbas Araghchi confirmou a realização de uma reunião indireta com representantes dos EUA, que pode abrir espaço para conversas diretas, dependendo da análise das novas sanções impostas.
Desde a assinatura do acordo nuclear em 2015, não houve encontros diretos entre os EUA e o Irã. O pacto foi abandonado por Trump em 2018, o que levou o Irã a intensificar seu enriquecimento de urânio e a desenvolver novas centrífugas. A possibilidade de um diálogo direto é dificultada pela desconfiança entre as partes, e muitos em Teerã duvidam que Trump esteja disposto a um acordo que seja aceitável.

Washington deixou claro que o tempo para um novo acordo é limitado, com Donald Trump ameaçando ações militares caso não haja avanços nas negociações. Além disso, os Estados Unidos aumentaram sua presença militar na região do Oriente Médio, reforçando sua postura em relação ao Irã.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Nátaly Tenório